tag:blogger.com,1999:blog-83442721845796658812024-03-21T19:05:04.027-07:00InteiradosEste blog tem por objetivos: informar, entreter e inteirar!Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-35433872126043819842016-01-08T05:07:00.003-08:002017-06-23T07:13:18.005-07:00Por trás das cortinas<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5ozmMmtNU3tSQ0JXck7EE7uvwkBmZ2A3IZXTlA1Nz4iO4WB4or2hfJiIq4cAzOQemoHQyOM4FvFqdrONDIV4TzEew-kxXMoH7z2GyoSDOh7P1BZ6_XCi4WfsVEOoc1sXH0VgzjYHpMro/s1600/DSC07275.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5ozmMmtNU3tSQ0JXck7EE7uvwkBmZ2A3IZXTlA1Nz4iO4WB4or2hfJiIq4cAzOQemoHQyOM4FvFqdrONDIV4TzEew-kxXMoH7z2GyoSDOh7P1BZ6_XCi4WfsVEOoc1sXH0VgzjYHpMro/s320/DSC07275.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O responsável pela iluminação
Douglas Chinaglia </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
ajustando as luzes do espetáculo</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para a maioria do público o
teatro funciona somente quando abre suas portas. Quando o espetáculo acontece e
tudo ocorre de forma magnífica, sempre glorificamos os atores, diretores e
músicos. Fecham-se as cortinas, a peça acaba e o público vai embora satisfeito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Neste momento eles entram em ação
mostrando seu talento na arte de guardar e proteger, limpar e preservar as
dependências, administrar e agendar as peças, iluminar e sonorizar os
espetáculos e cuidar da energia de todo o teatro. São tarefas realizadas não só
no calor da apresentação da peças, mas sim cotidianamente, semana a semana, mês
a mês e dia a dia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Na rua eles passam despercebidos
e anônimos, porém seus estrelatos estão atrás das cortinas, com cada um cooperando
para que teatro funcione adequadamente e possa proporcionar a alegria, a emoção
e o riso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">O guardião dos portões<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Há quatro anos no teatro, o
porteiro Luís Antônio da Silva exerce a tarefa mais árdua: guardar e proteger o
teatro. Trabalhando por quase 12 horas por dia, Luís é quem escolhe quem entra
e quem sai do teatro. Guardião das inúmeras chaves que o estadual possui, o
porteiro também executa outras funções como o atendimento ao público,
atendimento ao telefone e é responsável por informar as pessoas que vão até a
portaria durante o dia. O porteiro trabalha toda semana e disse que em dias em
que há peças e espetáculos também executa outras funções: “Quando há
espetáculos coopero na portaria coletando os ingressos do público”, comenta
Luís Antônio. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Passando a limpo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A auxiliar de limpeza Irene
Almeida dos Santos é uma das mais antigas funcionárias do teatro. Irene está a
14 anos exercendo a função de faxineira, papel que faz diariamente. A
faxineira, que tem ajuda de mais três funcionárias e uma assistente do Projeto
Cidade Verde, executa várias funções relativas a limpeza. “Aqui sou mil e uma
utilidades, faço desde a limpeza, até preparar o café”, comenta a faxineira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A auxiliar de limpeza comenta que
os trabalhos de limpeza do teatro são diários e intensos. “Faço todo trabalho
de limpeza diário, principalmente do carpete. As paredes também são limpas com
álcool. Nas segundas-feiras o trabalho é dobrado, devido aos eventos que
ocorrem nos finais de semana”, completa Irene.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkJi7GEt7n7SQ3LOkVaJZpud96cv_fDFjmf-NB8gT8rRT3Ky_vpI80T6w9wqFw9-ycVN8zzicW1D4f5dENV8jHkXSla9il42QtS99xEhzx9U1YtmDN-aAzJKepQuqA7ZopgQC6RrKJ6ZU/s1600/2-COR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkJi7GEt7n7SQ3LOkVaJZpud96cv_fDFjmf-NB8gT8rRT3Ky_vpI80T6w9wqFw9-ycVN8zzicW1D4f5dENV8jHkXSla9il42QtS99xEhzx9U1YtmDN-aAzJKepQuqA7ZopgQC6RrKJ6ZU/s320/2-COR.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Johnny W. Lussari, que trabalha
como técnico </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">de som profissional há 16 anos</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Palco, som e luz: o espetáculo vai começar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Se qualquer desses elementos
falharem, o espetáculo simplesmente não acontece. Os responsáveis por essa
missão essencial são Douglas Chinaglia, técnico de luz e maquinário, e Johnny
W. Lussari, técnico de som. Douglas trabalha como técnico de luz há 10 anos e
está no teatro há dois. O técnico é encarregado pela manutenção dos equipamentos
de luz e maquinários do teatro, além de auxiliar na montagem do palco e dar
suporte aos realizadores das peças. Devido a anos de prática na área, Douglas
adquiriu vasto conhecimento e até já preparou o roteiro de iluminação de alguns
espetáculos. “Ajudei a conceber o roteiro de luz do ballet da Belle Amie
coordenado por Vinicius Gambini”, relatou o técnico. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Já o técnico de som Johnny W.
Lussari exerce a profissão há 16 anos e fez curso de áudio <st1:personname productid="em S ̄o Jo ̄o" w:st="on">em São João</st1:personname> da Boa Vista. O
técnico de som é responsável em auxiliar a passagem de áudio do espetáculo,
assim como monitorar volumes e executar suporte na montagem do som no palco.
Quando as peças ou os eventos não dispõem de técnicos, Johnny acaba executando
a função por inteiro. “Geralmente quando acontecem eventos de colação de grau
em formaturas, assumo a parte técnica de som equilibrando volumes e colaborando
na monitoração das luzes”, completa o técnico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Mantenedor da energia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A função de manter, monitorar e
controlar os equipamentos de luz e ar-condicionado do teatro não é tarefa
simples. Sereno e bem seguro do que faz, o eletricista João de Castro, trabalha
no teatro há 15 anos e é encarregado em monitorar o funcionamento do sistema de
luz e ar-condicionado do teatro. João executa as tarefas mais simples, como
trocar uma luz, até as mais complexas, como cuidar do elevador e do quadro
geral de força. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O eletricista trabalha das 7 às
17 horas e quando há eventos e espetáculos, muda seu horário, que fica das 13 às
22 horas. O eletricista comenta que quando pode, assisti às peças, e já
presenciou momentos marcantes do teatro. “Quando sobra tempo assisto trechos de
algumas peças, e já presenciei espetáculos como “Trair e Coçar e Só Começar” e
“Gaiola das Loucas”, completa João.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Arquitetas da produção administrativa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9moAZOeWpN-6CACzxZNPc7RQrZn0G3e9gMZnRHz6D1LwylxbHvJOneDtvUUL2kJFUs5jb81dvX-UL3kinJ1W-7bb6EJzOaDG6dzyujihQ4w_s-8_z0bMuZ1XMfBaDvzvYSwTxh1u5vIk/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9moAZOeWpN-6CACzxZNPc7RQrZn0G3e9gMZnRHz6D1LwylxbHvJOneDtvUUL2kJFUs5jb81dvX-UL3kinJ1W-7bb6EJzOaDG6dzyujihQ4w_s-8_z0bMuZ1XMfBaDvzvYSwTxh1u5vIk/s320/3.jpg" width="213" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Theresinha
Daltro Pastorello, que recebeu </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span style="font-size: xx-small;">menção honrosa no Mapa Cultural Paulista</span><span style="font-size: 12.8px;">.</span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A coordenação das ações
administrativas e da produção artística do teatro é tarefa semelhante a
conceber a construção de uma casa. Três pessoas chaves são encarregadas dessa
arquitetura de ações, e no cotidiano do dia a dia são responsáveis por manter a
vida artística do teatro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Maria Heloísa Pinton, formada em
Letras, está no teatro há quatro anos e faz papéis diversos que constam em
auxiliar na administração, coordenar a bilheteria, trabalhar junto a divulgação
de eventos e peças e ainda redigir relatórios. Já Maria Cristina Betelli Pinton,
que é chefe da área administrativa geral, coordena todas as ações burocráticas
que envolvem controle de verbas repassadas, revisão de contratos, prestação de
contas e suporte na assessoria da programação do teatro. Cristina, como é
chamada, é professora de piano e cursou o Conservatório Carlos Gomes, <st1:personname productid="em Campinas. A" w:st="on">em Campinas. A</st1:personname>
professora, que está no teatro desde maio de 2003, atende também as produções
dos espetáculos agendando hotéis e restaurantes para os artistas que passam
pela cidade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Incumbida de dirigir todos esses
“atores” que trabalham atrás das cortinas diariamente está a diretora e
professora Theresinha Daltro Pastorello. Theresinha está na direção geral do
teatro há 15 anos e foi responsável pela total reestruturação e reforma
realizada em 1995. As principais decisões administrativas são tomadas por ela,
que também diz exercer outras funções, como até a coleta de ingressos na
portaria. A diretora do teatro comenta que todo o esforço em reerguer e manter
o teatro por todos esses anos foi fruto da ajuda da sociedade ararense. ”Não
conseguiria fazer nada sozinha se não fosse a ajuda dos funcionários do teatro
e também dos representantes da sociedade ararense que sempre apoiaram a arte.
Agradeço as empresas que colaboraram com o teatro nesses 20 anos. Graças a
vontade e determinação desse grupo de pessoas é que conseguimos manter o teatro
em pé”, afirma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Theresinha ganhou menção honrosa
no Mapa Cultural Paulista em 2005, pela sua atuação junto à administração do
teatro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;">*Matéria publicada no Caderno Especial sobre os 20 anos do Teatro Estadual Maestro Francisco Paulo Russo, no Opinião Jornal de Araras, em março de 2011</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-82518888329012866802016-01-08T04:47:00.003-08:002017-06-23T07:14:45.995-07:00Maestro da batuta de ouro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyWgV6AFNS36-9PKUbam4a82oGk3QUVr3wGjSDG1oZzducBr9XGP9hyphenhyphenifHRGiw593ZQ5087c3iEQ1fI59SCutmsz2awtTXJrK_jWffElnB8DNcYCYwcat_-BU2jCFDWSkuFJNGWzYOuVo/s1600/1-COR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyWgV6AFNS36-9PKUbam4a82oGk3QUVr3wGjSDG1oZzducBr9XGP9hyphenhyphenifHRGiw593ZQ5087c3iEQ1fI59SCutmsz2awtTXJrK_jWffElnB8DNcYCYwcat_-BU2jCFDWSkuFJNGWzYOuVo/s320/1-COR.jpg" width="233" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">Músico contribuiu para o desenvolvimento do ensino de música em Araras e para formação da Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo, atuante até os dias de hoje</span></i><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Baluarte e propagador da arte em
Araras, o Maestro Franscisco Paulo Russo nasceu em Nápoles, na Itália em 21 de
agosto de 1882. Aprendeu música em Nápoles e em Pizo, na Calábria, com o nobre
maestro Jacob Percy.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em 1895, aos treze anos, veio pra
o Brasil e ainda muito jovem se estabeleceu <st1:personname productid="em Araras. Al←m" w:st="on">em Araras. Além</st1:personname> de
trazer seu conhecimento musical também contribuiu com sua força de trabalho, e
começou a trabalhar como barbeiro, abrindo o Salão “Brasil”, localizado na
Praça Oito de Abril. Desbravador da música e de personalidade artística
multifacetada ministrava aulas de piano, teatro, e dramaturgia. Teve trabalho
intenso com teatro em Araras criando o grupo de teatro amador “Grupo Dramático
Operário” e a “Sociedade Recreativa de Danças”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em dois de setembro de 1926,
criou o curso de piano em Araras, e foi responsável também pela fundação da
corporação musical “Lira Infantil”. Entrou na regência da “Corporação Musical
Carlos Gomes”, após a morte do antigo maestro Franscisco Puzone. O maestro
nessa época foi pioneiro na região fazendo com que sua orquestra tocasse nos
cinemas musicados (nesse período os filmes eram mudos e a trilha sonora era
executada pela orquestra que tocava ao vivo). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Fundou também a Corporação
Musical “Pedro Mascagni” e reestruturou a “Banda Carlos Gomes”, implantando o
uso de uniformes e aumentando seu contingente para 30 componentes. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em 1922, o maestro trouxe para
Araras a conquista do 1° lugar no Concurso de Bandas realizado na comemoração
do Centenário da Independência, realizado <st1:personname productid="em S ̄o Paulo. Dentre" w:st="on"><st1:personname productid="em S ̄o Paulo." w:st="on">em São Paulo.</st1:personname> Dentre</st1:personname>
outras atividades, foi ainda presidente da “Sociedade 21 de outubro”,
proprietário do jornal Tribuna do Povo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O teatro sempre foi sua paixão e
chegou a compor várias peças musicais como: “Alma Ararense”, “Hino do Ginásio
do Estado de Araras”, “Tempo de Mazurca”, “Hino do Centro Cultura Ararense” e
“Pensamento Religioso”, dedicado ao Papa Pio XII.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Franscisco Paulo Russo foi casado
com Sra.Carmen Brigante Russo e com ela teve quatro filhos: Paulo Américo
Russo, Oswaldo Russo, Arnaldo Russo, Clotilde Russo e Aldo Russo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Homenagens ao maestro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em agradecimento aos vários
serviços prestados para Araras, o maestro foi presenteado com batuta de ébano e
ouro junto com os dizeres “a preciosa lembrança de uma batuta de fino ébano guarnecida
de ouro, da mocidade ararense, representa o carinho e reconhecimento do povo de
Araras ao esforçado Maestro que, com sua disciplinada Corporação, colheu os
maiores louros na Capital". </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Fora isso, a Câmara Municipal outorgou
ao maestro o nome de uma das ruas do centro da cidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em 1991, com a construção do
teatro estadual, o governador Orestes Quércia comunicou à família que gostaria
de homenagear o maestro dando ao teatro a nomeação “Teatro Estadual Franscisco
Paulo Russo”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Marcos Aurélio Russo, neto do
maestro, não chegou a conhecê-lo, porém contou que se lembra de quando foi
comunicado da homenagem. “Recebemos o comunicado do próprio governador Orestes
Quércia, que queria homenagear esse personagem tão importante para a história
cultural de nosso município”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Marcos comentou também sobre a
importância e a relevância do avô no papel de fomentador artístico de Araras. “Os
imigrantes italianos que vieram na época de meu avô trouxeram para o município
a força de trabalho. Creio que o maestro, além disso, foi o baluarte cultural
em nosso município, trazendo consigo em sua bagagem a música, que é a arte mais
singela de todas”, comentou Russo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUdzaUom496tSl66You5K4U7CazSdLXK1G1zUiPw50Ri0xKfYm_KA6jySGR48Bifa9uadXmxQLFS4yXg7MWohnL4e4JztcGXlTYWpylcJ_HW_l4n26YBwXSoBgKz9qlenjnQWP0mzDefw/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUdzaUom496tSl66You5K4U7CazSdLXK1G1zUiPw50Ri0xKfYm_KA6jySGR48Bifa9uadXmxQLFS4yXg7MWohnL4e4JztcGXlTYWpylcJ_HW_l4n26YBwXSoBgKz9qlenjnQWP0mzDefw/s320/2.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Breve biografia de um discípulo de Franscisco Paulo Russo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A história musical de Araras é bem
rica e traz dentro de sua essência personagens que cravaram suas notas musicais
nos corações e nas mentes de gerações de apreciadores da música. As bandas de
coreto são tradição única e exclusiva dos municípios do interior e é marca
cultural registrada. Até a pouco tempo a Corporação Franscisco Paulo Russo
recebeu o título de Ponto Cultural pelo Ministério da Cultura, tamanha sua
importância artística. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O maestro Franscisco Paulo Russo
quando reorganizou a “Banda Carlos Gomes”, deu o ponta pé inicial ao crescimento
e a exposição nacional da música realizada em Araras, trazendo de São Paulo em
1922, o 1º lugar no Concurso de Bandas na comemoração do 1° Centenário da
Independência. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Inúmeros músicos passaram pela
corporação e puderam conviver com o trabalho rigorosamente artístico de
Franscisco Paulo Russo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Meu avô, Antonio de Castro, foi
um dos componentes que fizeram parte da banda. Procurando em seus arquivos
fotos da época em que tinha o conjunto Tito e sua Banda, encontrei um diário
escrito por ele, contando da experiência de entrar para a banda do maestro.
Tito tocava trombone de vara e também bombardino e relata exatamente como foi
seu teste para entrar na banda Carlos Gomes. No diário Tito conta como esse
momento foi inesquecível: “Foi um tarde de agosto de 1938, quando contava com
15 anos de idade foi guiado pela informação de um jornalzinho que dizia que um
maestro estaria iniciando a abertura de uma escola de música”. O começo para
meu avô foi difícil, e como ele mesmo cita no diário, o maestro era muito
rigoroso com as lições. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A principio o curso do maestro
era destinado a 45 meninos, porém nem todos tinham talento suficiente e o
maestro realizou outra peneira que reduzia para vinte, o número de alunos. Após
o maestro escolher o instrumento que cada um tocaria, meu avô acabou ficando
com o trombone: “Devido alguns elogios que o maestro já tinha me feito
anteriormente, eu já sabia que iria tocar trombone, o que era a minha
verdadeira loucura.”, relatou Tito em seu diário. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Pelo que percebi lendo esses
relatos de meu avô, o maestro parecia ser pessoa bem rígida, porém amável e
espirituosa. Em alguns trechos fica evidente a postura enérgica do maestro com
os alunos. “Fomos então fazer a primeira lição com o instrumento. Um de cada
vez. E ali como de costume Jorge, que era muito inteligente, saiu-se bem nas
primeira notas da escala, mas nem por isso o maestro deixou de dar-lhe algumas
reguadas, porque Jorge esquecia-se e abaixava demais o clarinete. Com força e
gestos enérgicos, Paulo Russo erguia o clarinete enfiando a boquilha quase na
boca do aluno”, conta no diário Tito. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Todavia segundo meu avô, o
maestro era considerado com pai para eles, pois era bondoso com todos os
alunos: “Nós considerávamos o maestro com nosso segundo pai, porque ele era
bondoso, e sempre guiava os seus alunos não só pra carreira musical, mas também
para o caminho de sucesso na vida. Sacrificava-se para que um aluno quisesse
trabalhar, arranjando serviços e boas casas aos alunos com dificuldade”, disse
meu avô.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Logo depois de realizarem o
primeiro concerto com a banda executando o dobrado “Lyra Infantil”, meu avô
conta que o maestro queria levar os alunos para tocar em Campinas para tocarem
na frente da estatua do músico Carlos Gomes. E lá se apresentaram tocando o
dobrado ”Posso Dobre”, que atraiu a atenção dos transeuntes da praça. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quando a banda estava indo bem e
já ao gosto do maestro, o prefeito Emilio Ferreira dispensou a corporação. Esse
momento foi bem marcante para Tito e ele relata no diário que o maestro
direcionou sua carreira após o termino de suas aulas. “Seu Castro, ouça bem o
que vou lhe dizer. Nunca large da música meu filho, você fará mal a si mesmo.
Prossiga estudando com essa vontade e dedicação. Não se esqueça daquele dia em
que solaste a “Ida” <st1:personname productid="em Americana. Digo" w:st="on">em
Americana. Digo</st1:personname> com sinceridade gostei demasiado do seu
desempenho, pois estava ótimo para um aluno de apenas um ano de estudos”, disse
o maestro ao meu avô. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Depois dessa conversa o maestro
orientou meu avô e o indicou para tocar na Corporação Musical Municipal Ararense,
que era estava sendo formada pelo Maestro Hugo Montagnolli.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A partir disso meu avô seguiu sua
carreira de músico profissional montando seu próprio conjunto chamado “Tito e
sua Banda”, que muitos bailes realizou em Araras e região na década de 40 e 50.
Junto a isso continuou fazendo parte da Corporação Musical Municipal Ararense.
O diário em que relatou esses fatos foi escrito em 10 de setembro de
1945,datilografado por ele mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Tito de Castro, como era chamado,
trabalhou também como tesoureiro na Prefeitura Municipal de Araras e faleceu no
dia 18 de dezembro de 1963.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Graças a meu avô herdei o dom
pela música, que foi fomentado pelas aulas de Franscisco Paulo Russo.
Infelizmente não cheguei a conhecer Tito, mas suas palavras ficaram guardadas e
perpetuadas pra sempre na história. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">*Matéria publicada no Caderno Especial sobre os 20 anos do Teatro Estadual Maestro Francisco Paulo Russo, no Opinião Jornal de Araras, em março de 2011</span></i></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-53088172015040618762013-12-11T13:11:00.002-08:002017-06-23T07:13:52.700-07:00Jornalismo na internet: Agilidade versus credibilidade<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><b><i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“</span></i></b><i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O jornalismo online ainda sofre
muito com qualidade de texto e análise”- Suzana Singer, ombudsman da Folha de
S. Paulo<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
plataforma online transformou a maneira de informar e definiu os novos rumos da
difusão de notícias. Na internet, o furo jornalístico ganhou mais velocidade e
os leitores podem acompanhar os fatos em tempo real. Além disso, outras características
mais evidentes desse tipo de jornalismo são a maior interatividade do leitor,
pois esse pode interagir com outras pessoas ou até com o próprio jornal. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há
também uma customização ou personalização do conteúdo com o leitor escolhendo o
que quer ler na hora que quiser. A hipertextualidade aumenta a variedade de
possibilidades de se ver a notícias com o texto acompanhado de vídeos, sons e
imagens linkadas a outros sites.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porém,
por ser ágil e instantâneo, o jornalismo online ainda sofre com qualidade de
texto. Em entrevista concedida ao Mídiavisão a ombudsman da Folha de S. Paulo
Suzana Singer reforçou essa opinião e disse que o jornalismo online ainda tem
muito que caminhar para melhorar. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“O
jornalismo online tem muitas vantagens. É muito mais rápido e direto. Porém, o
online ainda sofre muito com qualidade de texto e análise. O jornalismo em
geral vive num momento muito complicado, pois a imprensa precisa investir não
só na TV, no rádio e em outro meio, mas também na web. E hoje você fazer
investimentos em mais de um meio, em um momento que economicamente não é dos
melhores, é difícil”, apontou Suzana. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcFLpD6px5yjiwJf5WWXTIJ7X_O_oF3HuPkSndTU2J-3ss1qxlzoX-FzbMdB-VeJJ_5dLNN1wNYUFFriOErinhJyRSch4ruN6CusNuFrdBm7aZJ6NAkj4cjNtk7fHrVdyvbetXI2K6fEo/s1600/DSC02090.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcFLpD6px5yjiwJf5WWXTIJ7X_O_oF3HuPkSndTU2J-3ss1qxlzoX-FzbMdB-VeJJ_5dLNN1wNYUFFriOErinhJyRSch4ruN6CusNuFrdBm7aZJ6NAkj4cjNtk7fHrVdyvbetXI2K6fEo/s320/DSC02090.JPG" width="240" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Para a ombudsman Suzana Singer, o jornalismo
online ainda <br />sofre com qualidade de texto e análise – Crédito: Horácio Busolin
Júnior</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">A necessidade de melhorias na plataforma
online da Folha de S. Paulo já era criticada pelos leitores desde o começo do
serviço Folha online em 1999. Mudanças e adaptações no site foram críticas do ombudsman
Renata Lo Prete em coluna publicada em 21 de novembro de 1999.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Na
ocasião, ela dizia que pela possibilidade de atualização contínua, a tendência
era que o jornalismo digital superasse o impresso. No entanto, Lo Prete
afirmava que desde 1999, a versão eletrônica da Folha ainda era uma versão
empobrecida do impresso.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
claro que se você quiser saber mais a finco sobre uma notícia você terá que
recorrer ao impresso, com detalhamento melhor da notícia trazendo análises e
críticas mais elaboradas. No entanto, uma das vantagens é que o jornalismo
digital é mais democrático, pois é mais participativo e interativo, abrindo
espaço para vários pontos de vistas provindos de infinitas fontes, que o leitor
ou internauta pode acessar a qualquer instante.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
internet proporcionou também a proliferação de vozes e opiniões diversas e a produção
intensa do jornalismo colaborativo com fotos e vídeos publicados em blogs de
jornalistas independentes. Esse novo fenômeno alterou a maneira do fazer
jornalístico. Suzana Singer relatou ao Mídia Visão que os jornalistas da Folha
e da imprensa em geral precisam aproveitar esse novo conteúdo como fonte para
as matérias. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Então
é preciso criar formas inteligentes de aproveitar essas oportunidades. A gente
viu isso na Primavera Árabe, a gente viu isso no momento que o Bin Laden foi
preso, e a primeira pessoa que deu a noticia foi no Twitter. Isso esta na mão
de todo mundo, só que ainda é preciso descobrir como aproveitar isso de fato e
a imprensa tradicional tem que aproveitar isso melhor. Todo mundo tem uma
câmera dentro do seu celular, todo mundo sabe filmar, todo mundo sabe essas
coisas, você tem que aprender filtrar e trazer isso como vantagem para o meio
tradicional”, finalizou Singer. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conversando
com os leitores<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
panorama geral da imprensa online nos dias atuais parece não ter mudado. O
Midia Visão conversou com leitores de notícias pela internet que apontaram as
deficiências e qualidades do jornalismo online. Daniel Brina, estudante de
Física da USP (Universidade de São Paulo), cita que o problema do jornalismo na
internet é a credibilidade da informação. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Às
vezes tenho receio de confiar totalmente em alguma notícia. Por isso, sempre
busco outras fontes pra ter certeza da verdade da informação. Não costumo muito
me informar por blogs de notícia. Se tem algo que acho estranho, sempre
confirmo a veracidade no site do Terra”, disse Brina. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
opinião do estudante reitera que os meios de comunicação ainda são detentores
de credibilidade e servem de oráculo da verdade. Em entrevista para o
Mídiavisão o ex-ombudsman Mário Vitor Santos revela que a credibilidade ainda é
a única arma que meios tradicionais possuem para combater a desinformação e a
multiplicação dos blogs de notícia. “A única coisa que pode sobrar pros
veículos, a médio prazo, é a credibilidade. Porque eles serão ultrapassados
pela tecnologia, mas essa tecnologia sempre é, e vai poder ser questionada”,
pondera o ex-ombudsman. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
entanto, mesmo os portais ditos os “oráculos da verdade” também estão sujeitos
a erros. O músico André Verona, que também usa a internet para se informar, diz
que os sites de notícia ainda pecam muito pela má qualidade dos textos. “Na
maioria das vezes os textos são bons. Porém, os erros de português e de
digitação ainda persistem. Exemplo é o G1 – O portal de Notícias da Globo que passa
dos limites!”, reclama Verona. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além
disso, o músico disse também que o grande problema do jornalismo online é o
excesso de sensacionalismo. “Acho sensacionalista e duvidoso. Tanto, que tenho
até dificuldades para confiar no que leio. Tenho sempre que buscar diversas
fontes”, completa.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Já
o empresário Eduardo Bueno destaca pontos positivos para o jornalismo online.
“Eu gosto do jornalismo produzido na internet. O acesso a informação é bem mais
rápido e podemos buscar a mesma informação em vários sites diferentes para
poder entender melhor”, diz Bueno. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
entanto, ele aponta como pontos negativos, o excesso de propagandas dos
portais. “Tem sites em que você precisa ficar procurando as notícias no meio de
uma infinidade de propagandas. Isso acaba irritando um pouco”, contesta. Além
disso, ele reitera que os sites de notícia são inconstantes e primam por vezes
dar mais ênfase ao entretenimento do que ao jornalismo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Blogs
<i>versus</i> meios tradicionais<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
leitores entrevistados pelo Mídia Visão também disseram que preferem os meios
tradicionais para se informar do que os blogs noticiosos. Daniel Brina prefere
se informar pelos portais convencionais como os sites G1 e UOL. Porém, quando o
assunto é humor, ele prefere os blogs do gênero. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
empresário Eduardo Bueno, também corrobora desta opinião. “Sempre fico nos
meios tradicionais, uso blogs só quando alguma coisa me interessa mais. Ultimamente
tenho buscado mais informações sobre meu trabalho em blogs de negócios e
economia”, disse Bueno. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
jornalista e designer gráfico João Mauro de Assis, mais conhecido como Johnny
Mau, também procura a veracidade dos fatos em meios tradicionais como o Último
Segundo, do portal IG. O jornalista aponta que a maioria dos blogs não tem
qualidade e que quando procura esse meio para se informar sobre música ou arte,
verifica antes o nível de conhecimento de quem escreve os posts. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Muitos
blogueiros acabam criando os seus apenas para ter uma porta de entrada nos
espaços VIPs de eventos, como o SPFW, Salão Duas Rodas, etc. Acabam falando de
um assunto que não domina. Quando resolvo seguir um blog, procuro saber qual o
nível de conhecimento de quem o escreve. Já li muito material com erros crassos
e sem nenhum tipo de embasamento ou pesquisa”, disse o jornalista.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No entanto, há
quem prefira se informar utilizando a mídia alternativa produzida pelos blogs
independentes. O músico Augusto Meneghin é cético em relação aos meios de
comunicação tradicionais, que para ele manipulam a opinião pública. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Penso
que a mídia tradicional reproduz um discurso alienante, feito para manter as
pessoas dentro dos padrões do capitalismo, ou seja: ela defende os opressores,
a polícia, incriminando trabalhadores e as minorias. Somente isso já faz com
que qualquer notícia vinda desses meios me soe como pura manipulação”, afirma. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3_5oxNlY7DsXOJkP9lZP7Eu6Tqgzb-qXI1sGIoJrrG_xNHp6wE4NDPwB6bsHmfkYuGiMHdUM76gkQLrerk0Mc5PvAxnyrRCC4fM7AEM-0zeZDUTlSN3cMmRaHJPtI0AUsFEU0MetvidM/s1600/Mario+Vitor+ex-Ombudsman+(43).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3_5oxNlY7DsXOJkP9lZP7Eu6Tqgzb-qXI1sGIoJrrG_xNHp6wE4NDPwB6bsHmfkYuGiMHdUM76gkQLrerk0Mc5PvAxnyrRCC4fM7AEM-0zeZDUTlSN3cMmRaHJPtI0AUsFEU0MetvidM/s320/Mario+Vitor+ex-Ombudsman+(43).JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Mário Vitor Santos,
ex-ombudsman da Folha de S. Paulo, afirma que os meios de comunicação
tradicional </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">ainda exercem influência sobre a mídia independente – Créditos:
Fernando Carvalho </span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Manipulação
ou não, para o ex-ombudsman Mário Vitor Santos os meios de comunicação
tradicionais ainda são responsáveis pelo grosso da apuração de notícias e
pautam boa parte dos assuntos discutidos em blogs e nas redes sociais. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“A
ideia de que as redes sociais constituem um veículo para informação
absolutamente pura e desligada dos meios tradicionais parece que não se
confirma. As redes sociais dependem muito daquilo que é apurado pelos veículos
profissionais, que investem grandes quantias no sentido da apuração da
informação, pelos canais tradicionais de circulação da informação”, pondera o
ex-ombudsman.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">*reportagem original publicada no blog MídiaVisão em novembro de 2013. Disponível no link: </span><a href="http://midiavisao.blogspot.com.br/2013/11/jornalismo-na-internet-agilidade-versus.html">http://midiavisao.blogspot.com.br/2013/11/jornalismo-na-internet-agilidade-versus.html</a></span></div>
</div>
Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-44422883943212008812013-12-10T17:11:00.003-08:002017-06-23T07:17:12.705-07:00Cicloturismo: Aventura em duas rodas por um dia<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><b>Modalidade
ganha cada vez mais adeptos que querem fugir do stress do dia a dia </b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;">Por
Horácio Busolin Júnior</span><span style="font-size: small; font-style: italic;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzbCs4tiRc4mxbOBrIvKUeiean8YtNzUIgPVeJnFFp2uFPY1t-nEMmMVLrwCCJZS1T5VVijDwIwCpFpNYl7EPJ0Emmmrl_iyuMtCENb2fP7KcnUERx0xXB8aGeldkOlWnvHgdYoWEIbDU/s1600/06.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzbCs4tiRc4mxbOBrIvKUeiean8YtNzUIgPVeJnFFp2uFPY1t-nEMmMVLrwCCJZS1T5VVijDwIwCpFpNYl7EPJ0Emmmrl_iyuMtCENb2fP7KcnUERx0xXB8aGeldkOlWnvHgdYoWEIbDU/s320/06.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Mesmo em meio à cana é possível encontrar<br /> áreas
preservadas na região rural de Araras <br />Créditos: Horácio Busolin Júnior</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></i>
<i style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"><b>“Bom dia, Grupo Café com Pedal,
vamos acordar, levantar e pedalar. E para quem chegou agora nem vá dormir. Tome
um banho, pegue a bike e vamos passear” – Mensagem enviada por João Luis
Mendes, coordenador do Grupo de cicloturistas Café com Pedal de Araras.</b></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O
sol ainda nem nasceu. São 5h20 da manhã do domingo dia 21 de abril, Dia de
Tiradentes e o grupo de cicloturistas de Araras Café com Pedal já se prepara
pra mais uma jornada de emoção, aventura e adrenalina. O grupo conta com 100
ciclistas registrados e foi criado por João Luis Mendes, bancário e ciclista
inveterado, que se apaixonou pela bicicleta há oito anos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Criado
em 2011, o grupo vem ganhado novos adeptos, sejam eles ciclistas amadores ou
profissionais. O nome Café com Pedal surgiu por conta de que antes de saírem
para viajar, todos se reúnem para um café reforçado na casa de João Luis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Aos
poucos, perto das 7h da manhã, os ciclistas turistas vão chegando e se
concentram defronte a casa dele para mais uma cicloviagem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“Nos
reunimos aos finais de semana e feriados, para tomar um café da manhã e depois
pedalar. Também as terças, quartas e quintas-feiras, os mais experientes
realizam o Pedal Noturno, ocasião em que dão dicas de acondicionamento físico
aos novos adeptos para poderem enfrentar viagens mais longas”, explica João. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Os
integrantes do grupo não se consideram esportistas e sim pedalam por simples
prazer, buscando a paz de espírito e tranqüilidade. “Pedalar para mim é uma
forma de tirar o stress do dia a dia. Nosso pedal não foca a competição e sim
fazer passeios para conhecer as áreas rurais, onde tenho temos contato com a
natureza e paisagens, aprendendo a respeitá-la em todas as viagens que
fazemos”, relata. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O
cicloturismo é uma modalidade de turismo diferenciada e envolve a mistura de
esporte, lazer e saúde. A prática ganhou
força nos anos 70 na Califórnia quando Gary Fisher e Tom Ritchey, líderes de um
grupo de hippies, decidiram utilizar suas bicicletas velhas para apreciar a
bela vista da Baía de São Francisco na Califórnia subindo as montanhas de Marin
Country e depois descê-las em alta velocidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Atualmente
a prática populariza-se e ganha novos adeptos. A Alemanha, país onde a
bicicleta é um dos meios de transporte mais utilizado, possui cerca de 21
milhões de cicloturistas que movimentam R$5 milhões de euros na economia alemã.
No Brasil a modalidade ainda engatina e começa a se organizar. O grupo “Clube
do Cicloturismo do Brasil”, é o mais representativo e expressivo e conta
atualmente com 17 mil associados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O
cicloturismo não pode ser considerado só como um esporte, até porque não
envolve competição. Na verdade, é uma modalidade de turismo que engloba outras
cinco: o ecoturismo, o turismo rural, o turismo de aventura, o turismo cultural
e o gastronômico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Os
trajetos realizados pelo grupo são os mais diversos. Duas vezes por mês eles
realizam viagens longas para locais como Andradas, Águas de Lindóia, Águas da
Prata e Serra da Canastra. Nos demais finais de semana, o grupo também faz
passeios de estradas rurais, visitando fazendas históricas, cachoeiras e
riachos da região rural de Araras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“As
áreas rurais de Araras proporcionam um passeio onde o ciclista pode ter contato
a história da cidade e o ecoturismo. Por entre estradas de terra sinuosas cheias
de obstáculos e muita cana, o ciclista ainda pode ter contato com áreas
preservadas e belezas naturais aonde com carro não se chega”, recomenda. <o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtuvFz5wzoOHsF8Nu9BkxlX1UzW48CdClXwIf2xCXiwp7vVvHwLUmp8k2wGg3KfA8gIorIlpBVhAE__NSuV5T9LKLPDmmB3pfvgs4thmPVYjz9WJmRXxfNFSkYINu2DCmTdy3v_Rfs-g4/s1600/04.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtuvFz5wzoOHsF8Nu9BkxlX1UzW48CdClXwIf2xCXiwp7vVvHwLUmp8k2wGg3KfA8gIorIlpBVhAE__NSuV5T9LKLPDmmB3pfvgs4thmPVYjz9WJmRXxfNFSkYINu2DCmTdy3v_Rfs-g4/s320/04.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;">Aventura e companheirismo na travessia do
Córrego Água Branca - </span></span>
</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Créditos:
Horácio Busolin Júnior</span></span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;"> </span></span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Terra, adrenalina e companheirismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O
passeio realizado no domingo dia 21 de abril reuniu cerca de 40 integrantes do
grupo. Ao longo do caminho, eles também encontraram mais cinco cicloturistas
que seguiram junto no caminho traçado por João Luis. Os ciclistas saíram de sua
casa por volta das 8h e percorreram cerca de 30 km de caminhos de terra, por
vezes de chão batido ou mesmo de areia bem fina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“É
preciso se atentar aos declives com caminhos de terra e pedra. Desviar dos
pedregulhos vai evitar que se fure um pneu, fazendo com que o ciclista perca o
controle da bicicleta. Já nos caminhos com areia, é recomendado passar
pedalando bastante utilizando as marchas mais leves”, explica Marco Antônio
Marçola, empresário e integrante do grupo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Apesar das subidas longas e
íngremes, o caminho traz paisagens históricas que revelam um pouco da história
da região. O primeiro ponto histórico visitado foi a Igreja Nossa Senhora da
Piedade, a primeira capela fundada no bairro Elihu Root, que se formou no
início do século XX, no entorno da estação de mesmo nome.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Em caminhos que revelam ao mesmo tempo a
história e também o abandono da memória histórica, o grupo chega, enfim, na antiga
estação de trem Elhiu Root, inaugurada inicialmente com nome de Guabiroba. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Em
1906, o local recebeu o nome do Secretário de Estado norte-americano, o
advogado Elihu Root (1845-1937), que, depois de presidir a Conferência
Pan-Americana no Rio de Janeiro, veio à estação para lá descer e visitar a
fazenda de café Santa Cruz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> A estação foi desativada em 1977
quando se deu o fim do transporte de passageiros no trecho. Desde então segue
abandonada. O bairro ao lado segue existindo, pequeno, mas com algumas casas e
comércio. Os trilhos foram retirados no final de outubro de 1998. Mesmo assim,
o ponto é visitado por turistas que passam pelo local que representa um pedaço
da história do município. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsr8WUwO0NiOaM3zHHTSLX9uiX3W9bcvnW3AD3hK0w0X-u9QkwsRkMd3NfqnaQT205yqQF45vX5kUYUc47U36hUMZ1kORvxPUCIStXBDAq99ClmbNiDHUG4cLjvZVCNZlGtfwpW2_-O0I/s1600/1507+alterada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsr8WUwO0NiOaM3zHHTSLX9uiX3W9bcvnW3AD3hK0w0X-u9QkwsRkMd3NfqnaQT205yqQF45vX5kUYUc47U36hUMZ1kORvxPUCIStXBDAq99ClmbNiDHUG4cLjvZVCNZlGtfwpW2_-O0I/s320/1507+alterada.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Casarão abandonado onde funcionava a antiga
Estação Ferroviária Elhiu Root em Araras - Créditos: Horácio Busolin Júnior</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Após conhecer as histórias das
ferrovias de perto, os ciclistas enfrentam os primeiros obstáculos do percurso.
Saindo das estradas de terra demarcadas, o grupo adentra em um trecho com mata,
onde passam por uma trilha com bambu. “Nesse trecho é impossível passar com a
bike. Por isso os monitores ficam do outro lado pegando primeiro as bicicletas
por baixo dos bambus e auxiliando os ciclistas a passar pelo obstáculo”,
explica João Luis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Logo à frente, os ciclistas
encontram um novo desafio. Desta vez, fazer a travessia do Córrego Água Branca
que passa dentro já da Fazenda Araras. O pequeno córrego recebe águas do
Córrego Membeca, do Ribeirão Caçununga, do Córrego Santa Cruz até desembocar no
Rio Mogi Guaçú. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">De
bike em bike, João Luis, com a ajuda de sua esposa Vanderlene Longo Mendes,
auxiliam os cicloturistas a atravessar o riacho. “Nas cicloviagens todos
colaboram uns com os outros. Quando um ciclista sente dificuldades em subidas,
há sempre um monitor disposto a ajudar a empurrar o colega”, conta Vanderlene. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Nesse momento é que a prática do
cicloturismo mais se aproxima com o ecoturismo. Nota-se ao longo do percurso a
preocupação dos ciclistas em preservar os locais por onde passam. “Nas viagens
costumo levar sempre uma sacola para recolher o lixo encontrado durante o
caminho. Nunca jogamos lixo por onde passamos e respeitamos a natureza”, relata
o cicloturista Tiago Santin. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Depois de colocar o pé na água e
tomar um banho no riacho, uma das bicicletas tem sua corrente arrebentada. Ao
invés de seguir, todo o grupo espera, até que o também técnico João Luis arrume
a corrente. “Sempre levamos correntes extras, câmeras de ar e pneus
sobressalentes, além de ferramentas. Imprevistos como esse sempre acontecem. O
importante é que o ciclista uma vez por mês leve a bike para revisão, para
evitar transtornos durante a viagem”, alerta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCDcnaEmkoqolEnssPp3oXCpJR0JF6MAGtxo4_0rZ_sLYiSmQiiK-5k0bNruFPqyV7_v2IRR2yT2I8DR9jmVzGnw-cHd_5vLTOoV-PhzSUdv007GTZN7AoNY84K5Cu4Vci_NAXzj1B-D4/s1600/DSC01749.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCDcnaEmkoqolEnssPp3oXCpJR0JF6MAGtxo4_0rZ_sLYiSmQiiK-5k0bNruFPqyV7_v2IRR2yT2I8DR9jmVzGnw-cHd_5vLTOoV-PhzSUdv007GTZN7AoNY84K5Cu4Vci_NAXzj1B-D4/s320/DSC01749.JPG" width="240" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Jequitibá centenário, que fica dentro da Fazenda
Santa Cruz, <br />é um dos pontos de ecoturismo visitados <br />Crédito: Horácio Busolin Júnior</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">Em momento de confraternização
direta com a natureza e ecoturismo, o grupo chega ao tão esperado jequitibá
centenário, onde tiram fotos e contemplam a majestosa árvore de quase 10 metros
de altura. </span><span style="line-height: 150%; text-transform: uppercase;">A</span><span style="line-height: 150%;"> árvore é um
jequitibá rosa que fica dentro da reserva florestal da Fazenda Santa Cruz,
incrustada próximo ao canavial.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Segundo o biólogo Alberto Dalla Costa, o <i>Cariniana legalis</i> (nome científico) é
considerada a espécie mais antiga do mundo. “Esse jequitibá da Fazenda Santa
Cruz deve ter entre 70 e 100 anos. Essas árvores podem chegar a 300 anos. Em
Santa Rita do Passa Quatro, no Parque Estadual de Vassununga, há um jequitibá
de 40 metros, que segundo estudos de especialistas, data dos 3000 anos. O nome
jequitibá vem do tupi guarani que quer dizer “Gigante da Floresta”, explica o
biólogo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Perto das 12h30, chegando até a
Fazenda Araras, os ciclistas passam pela porteira param, respiram e apreciam a
paisagem das plantações do descampado. O grupo passa pela fazenda e a partir
dali se dispersa. Alguns seguem para a estrada rural que liga Araras até o bairro
Cascata. Outros seguem até a Fazenda Matão, tirar mais fotos e apreciar as
belezas do local. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihQvmNdChNbJlvOU3yBngbgY1spb_hoZMVDTSuZ3IR8i0NOuIoK7s-Y2tjbUWcIsSFZsr_ptlHrIlX0qdIIRMQdpbmu430bOymow0rQO8O3n7cUBHXAi6Ugb-piM2P6DNHYI4rY4OLafE/s1600/DSC01703.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihQvmNdChNbJlvOU3yBngbgY1spb_hoZMVDTSuZ3IR8i0NOuIoK7s-Y2tjbUWcIsSFZsr_ptlHrIlX0qdIIRMQdpbmu430bOymow0rQO8O3n7cUBHXAi6Ugb-piM2P6DNHYI4rY4OLafE/s320/DSC01703.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;">Represa próxima à Fazenda Araras - </span></span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;">Créditos: Horácio Busolin Júnior</span></span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b></b></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Ultrapassando limites com qualidade
de vida<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“Comecei a andar de bicicleta no
asfalto, muito por indicação do médico. Acabava de sair de uma cirurgia no joelho
e precisava me recuperar. A prática me ajudou muito e ,além disso, pude
conhecer lugares inesquecíveis estando perto da natureza como o Caminho da Fé,
percurso entre Tambaú e Aparecida do Norte”, confessa José Gilberto Salomé. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> O vendedor José Gilberto Salomé é um
dos cicloturistas que usou a prática para benefício do corpo e da mente. Junto
como o grupo Café com Pedal, desde o começo, o cicloturista além de viajar aos
fins de semana, também treina com os iniciantes nos dias de semana. Ele começou
a pedalar aos poucos e já chegou a realizar viagens mais longas. Uma delas: o
Caminho da Fé – trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de
Santiago de Compostela. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O
médico endocronologista Henrique Cesar Lopes, membro da equipe, vê a atividade
como forma de relaxar e confraternizar com os amigos. Antes praticante de
triátlon e corridas de ciclismo de rua, o médico disse que a atividade pode
tirar as pessoas da depressão, trazendo-as novamente ao círculo social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“O
ciclismo entrou na minha vida como alternativa de qualidade de vida. Mostro
isso aos meus pacientes, que o cicloturismo proporciona melhoras na atividade
física muscular e cardíaca, tendo por conseqüência diminuição do peso. No
aspecto mental, há liberação do hormônio endorfina, que causa bem estar e
tranqüilidade”, explica o médico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Quando
o grupo começou, os ciclistas só realizavam caminhos na região de Araras. Com o
tempo João Luis Mendes relata que o melhor condicionamento físico adquirido com
treinamento fez com que eles almejassem trajetos mais longos de 60 a 400 km
como é o caso do Caminho da Fé. “Nesta ocasião, pra menor desgaste, fazemos o
passeio noturno na zona rural, é claro que utilizando faróis nas bikes”,
explica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Mesmo assim, quando as cidades
visitadas são distantes, o grupo vai de ônibus até um ponto localizado perto da
rota a ser percorrida. “No dia 14 de abril, fomos até Águas de Lindóia. Paramos
com o ônibus em um restaurante, tomamos um café da manhã e seguimos de bike até
Monte Sião voltando ao mesmo local, percorrendo de 35 km”, recorda João Luis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Outro
roteiro realizado pelos integrantes é a viagem de São Paulo a Santos, realizada
por meio da Rota Cicloturística Márcia Prado. Márcia Prado foi uma ciclista que
morreu em um acidente na Avenida Paulista envolvendo um ônibus. A rota foi
batizada com seu nome porque esse caminho foi o último realizado por ela, antes
de falecer, em 2009. Na ocasião, procurava um meio de descer para a baixada
santista de uma forma que não precisasse correr risco de vida e que não fosse
ilegal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O
caminho passa pela Ilha do Bororé através de duas balsas e segue pela Estrada
de Manutenção da Rodovia dos Imigrantes. “Para andar no trecho é preciso pedir
autorização. São 18 km só de descida no asfalto. É preciso tomar muito cuidado,
pois o trecho é íngreme e estreito. Se você não tomar cuidado pode se
machucar”, alerta o cicloturista João Valdir Botezelli. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvnSDJzeXaAFiU9b4jQZIbaYU8axjXmAOk0AqcYrGPMoXEyS-vxzqdCG9ZH1fXmksgp15ErTJJqoRc5s1ieM-OKPcLMUdhdqGzmBidjI1giroZHpIH3KkM8yb5Tf02qvPmxN8EPJ7OKMY/s1600/13.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvnSDJzeXaAFiU9b4jQZIbaYU8axjXmAOk0AqcYrGPMoXEyS-vxzqdCG9ZH1fXmksgp15ErTJJqoRc5s1ieM-OKPcLMUdhdqGzmBidjI1giroZHpIH3KkM8yb5Tf02qvPmxN8EPJ7OKMY/s320/13.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Após
percorrer 30 km ciclistas chegam até a Fazenda Araras - Créditos: Horácio
Busolin Júnior<o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Pedal seguro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Em
viagens longas, monitores acompanham os ciclistas mantendo-os agrupados para
que não se percam. “Nunca deixamos ninguém sozinho, e sugerimos que os
ciclistas pedalem em grupo em trio ou pelo menos em dupla. Os monitores se
dividem e ficam sempre no começo, no meio e no final do grupo”, ressalta João
Luis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Além
disso, um carro com carreta para carregar aproximadamente 15 bicicletas
acompanha os ciclistas durante todo o percurso. Integrantes do grupo também
fizeram curso de primeiros socorros para agir da forma correta em eventuais
emergências. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“É
preciso aprender técnicas para descer ladeiras acidentadas, e para descer
correndo é preciso passar por treinamento. Numa das viagens uma menina soltou o
freio e de repente brecou. Caiu e quebrou a cravícula”, alertou Valderlene
Longo Mendes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">No
regimento interno do grupo “Café com Pedal” são solicitados os equipamentos
necessários para participar das viagens, além da mensalidade que é paga caso o
ciclista queira ser sócio do grupo. O dinheiro arrecadado serve para investir
na própria estrutura do grupo como compra de equipamentos e despesas gerais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Para
participar das viagens, basta o que ciclista possua uma bicicleta que
corresponda às necessidades da mountain bike. Além disso, é obrigatório o uso
de itens como uniforme especial para ciclistas, óculos de proteção, capacete,
farol em caso de trajetos noturnos, luva e mochila de hidratação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Quanto custa pedalar?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="line-height: 150%;"> </span></b><span style="line-height: 150%;">Pedalar
com conforto e segurança para subir ladeiras e viajar a longas distâncias exige
que o cicloturista invista em uma bicicleta que atenda as necessidades da mountain
bike. O mínimo de marchas exigido para a prática é 21. Já o máximo pode chegar
a 27 marchas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“O
ciclista iniciante pode começar a pedalar com bikes que custam em média de
R$1.500,00 a R$2.000,00. Para àqueles que exigem melhor desempenho na
velocidade, são recomendadas bikes feitas com material bem leve como fibra de
carbono. Nesse caso, o ciclista pode gastar entre R$10.000,00 até R$40.000,00”,
aponta João Luis Mendes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Há aqueles ciclistas que preferem
montar bikes personalizadas e neste caso costumam comprar as peças em separado.
A tecnologia na produção das mountain bikes, atualmente, está aperfeiçoada e
tem quadros feitos de cromo, fibra de carbono, alumínio, titânio, que são bem
resistentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Além do desempenho do equipamento, é
essencial que o ciclista possa pedalar com conforto de forma harmoniosa entre o
corpo e a bike. Para isso, pesquisadores desenvolveram uma técnica chamada de
Bike Fit, que utiliza-se da ciência da Biomecânica para ajustar a bicicleta ao
seu corpo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">“Com
o Bike Fit você faz uma avaliação física para saber o tamanho dos seus membros
como braços e pernas em relação a bicicleta. Após isso, o especialista vai
indicar qual o melhor equipamento a ser utilizado para que você não sinta
dores, cansaço ou lesões. Algum dos ajustes corretos na altura do banco,
tamanho do guidão fazem muito diferença quando se pedalam de 30 a 60 km”,
finaliza João Luis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Já
as cicloviagens, segundo pesquisa do Clube do Cicloturismo no Brasil, chegam a
custar por dia em média de R$ 30 a R$ 50 por pessoa. Viagens oferecidas pelo
grupo Café com Pedal como para Águas de Lindóia, custaram R$50 para não sócios
e R$35 para sócios. Já no percurso de Águas da Prata para Andradas, os
ciclistas não sócios pagaram R$ 60 e os sócios R$45. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">Cicloviagens
para locais mais distantes como o passeio ciclístico </span><span style="line-height: 150%;">da
Rota Márcia Prado saíram por R$60 para sócios do grupo e R$75 para não sócios. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg63kcy589aDdxgQ3wOM8QsVP1BBKNJT7iFRm4cuT4cYBkSzl4FRo2oDFk5KggqU10h_JdgockYhXatWLuuM5Hb4zdnsOj5-eJNFo7M6VsbPBorf58i-ePF4y1nycUI8_-cvSnOPY3Ij0g/s1600/10.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg63kcy589aDdxgQ3wOM8QsVP1BBKNJT7iFRm4cuT4cYBkSzl4FRo2oDFk5KggqU10h_JdgockYhXatWLuuM5Hb4zdnsOj5-eJNFo7M6VsbPBorf58i-ePF4y1nycUI8_-cvSnOPY3Ij0g/s320/10.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">Antes
de viajar é necessário que o ciclista verifique a mecânica da bicicleta -
Créditos: Horácio Busolin Júnior</span><span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">De olho na mecânica antes de viajar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l4 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Calibrar os pneus</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Levar a bicicleta para a manutenção em
um técnico de quatro e quatro meses;</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Ajustar a caixa de direção</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Verificar câmbio e regular as pastilhas
de freio e cabos</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Fazer revisão na suspensão a cada 15
dias</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Levar sempre uma câmara de ar e bomba
nas viagens</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Se possível levar um pneu reserva e chaves
adequadas para sua bicicleta</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Lubrificar os cubos das rodas, as
coroas, catracas, correntes e os pedais</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Verificar se o guidão está fixado junto
ao quadro e não está com folga na caixa de direção</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Kit sobrevivência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Barras de cereal (não é aconselhável
comer muito durante os passeios)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;"> </span></span><span style="line-height: 150%;">Garrafa de água ou mochilas de
hidratação (o ideal é não tomar água em excesso. É recomendada apenas a
hidratação equilibrada)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Quite de primeiros socorros<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="line-height: 150%;">Equipamentos necessários</span></b><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: normal;"> </span></span><span style="line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Bicicleta de mountain bike própria para
trilhas</span></span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Capacete</span></li>
<li><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: normal;"> </span></span><span style="line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Luvas</span></span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Camiseta e calção de ciclistas feitos
com tecido sintético (camisetas de ciclistas possuem bolso atrás, o que
facilita o transporte de objetos com fácil acesso)</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Óculos</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Mochila de hidratação (mochilas com um
recipiente de água no interior e geralmente utilizadas em corridas de aventura
e mountain bike)</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbuGtuYNa1QkjZbjeihLxtWKAlg_M7-knWYf1hLrm0otYYgdiJkex1cIP5knYFNqJLNz1YjMomuU2PsLXAhS9aMLhyphenhyphenGSfFxtGdGnLzwvjzLZJOk72VGLlogiQazdj0PuS6wruJO1GzjxU/s1600/02.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbuGtuYNa1QkjZbjeihLxtWKAlg_M7-knWYf1hLrm0otYYgdiJkex1cIP5knYFNqJLNz1YjMomuU2PsLXAhS9aMLhyphenhyphenGSfFxtGdGnLzwvjzLZJOk72VGLlogiQazdj0PuS6wruJO1GzjxU/s320/02.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Circuito percorrido pelos cicloturistas inclui<br /> o
passeio em fazendas históricas - Créditos: Horácio Busolin Júnior </span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="line-height: 150%;">Principais rotas de cicloturismo na
região </span></b><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Araras</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Rota Araras – Antiga Estação Elhiu Root
– Fazenda Araras/Matão – 50 km</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Pedal Noturno </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Rota Araras – Analândia – 140 km</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Rota Araras – Cascata – 70 km</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">Usina São João – Limeira – Araras - 53,1
km</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Rio Claro <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Rio Claro – Analândia – 54 km<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Americana<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Americana – Santa Bárbara do Oeste –
Pedal Integração – 50km<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Águas da Prata<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Rota Águas da Prata – Andradas – 35km <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Águas de Lindóia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Rota Águas de Lindóia – Monte Sião – 35
km<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">São Paulo</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">São Paulo – Santos – Rota Márcia Prado –
18 km de descida no asfalto</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Tambaú<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Tambaú – Aparecida - Rota Caminho da Fé
– 400 km<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Grupos e clubes de
cicloturistas na região<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Café com Pedal – Araras<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Equipe Pé de vela – Araras<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Americana Bike Clube - Americana<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Limeira Bike Clube<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Loucos por Terra – Rio Claro e Leme<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;">Campinas Bike Clube – Campinas<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">·<span style="line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--></span><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Equipe Ximano – Conchal</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-50242586527664176622013-12-10T15:38:00.001-08:002013-12-10T16:28:54.114-08:00Além do que se vê<div>
<div style="text-align: center;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fotógrafo e
radialista cegos rompem as barreiras do improvável e provam que a inclusão de
deficientes no mercado de trabalho da comunicação é possível<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">Fernando Carvalho <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="mailto:fernandocarvalho@yahoo.com.br"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">fernandocarvalho@yahoo.com.br</span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">Horácio Busolin Júnior <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><a href="mailto:horacinhojor@yahoo.com.br"><span style="font-size: x-small;">horacinhojor@yahoo.com.br</span></a></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Citando
José Saramago, “É uma grande verdade a que diz que o pior cego foi aquele que
não quis ver”. Essa cegueira branca na qual Saramago usa como alegoria no livro
“Ensaio sobre a cegueira”, pode ser aplicada no dia a dia quando as pessoas
passam a não reconhecer a capacidade de pessoas com deficiência de ingressar no
mercado de trabalho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">No
Brasil, segundo dados do Censo Demográfico de 2010 divulgados pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 45.606.048 milhões de
pessoas declararam ter pelo menos uma das deficiências, o que corresponde a
23,9% da população brasileira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Outro dado que chama a atenção e
preocupa é de que desse total, 53,8% (23,7 milhões) das pessoas declaram estar
desocupadas ou não são economicamente ativas. Em contrapartida, números do IBGE
também apontam crescimento no número de pessoas com deficiência ocupadas, que
chega a 23,6%, ou seja, 20,4 milhões do total de 86,4 milhões de brasileiros
ocupados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nessa selva de pedras de disputa por um lugar
ao sol, a luta desses profissionais em extrapolar limites também se intensifica
no jornalismo, na fotografia e no rádio. Quebrando tabus e tornando o
improvável uma realidade concreta, quem imaginaria que um fotógrafo possa ser
cego ou que um radialista também com deficiência visual possa dar resultados de
jogos sem poder ler uma linha?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> As duas histórias parecem insólitas
e tão inacreditáveis quanto uma chuva de sapos. Mas não. Elas são verdadeiras e
serão cristalizadas em palavras pela Revista Painel nesta reportagem, que irá
trazer a luz a vida profissional do fotógrafo Teco Barbero, de Sorocaba e do
radialista Marcelo Eduardo Marchi, da cidade de Leme-SP.<o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm4x3O10YL8-KMSnob_2rPodHy4f7lxBo4t8KDT7LQsfvnFeRZG93HqsfB-_JE4HpCBfcgefnCr6jJbR28-Cu_iWD9P1RHgACx5Odh5UH7eqTV7PwzrjU5AkrREkpZTLJqQntsNV1HGa4/s1600/Fot%C3%B3grafo+-+Teco+Barbero+1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm4x3O10YL8-KMSnob_2rPodHy4f7lxBo4t8KDT7LQsfvnFeRZG93HqsfB-_JE4HpCBfcgefnCr6jJbR28-Cu_iWD9P1RHgACx5Odh5UH7eqTV7PwzrjU5AkrREkpZTLJqQntsNV1HGa4/s320/Fot%C3%B3grafo+-+Teco+Barbero+1.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">Com
menos de 10 % da visão, o fotógrafo Teco Barbero utiliza o tato para fotografar<o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fotografar sem a visão?</span></b><br />
<b style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Nem tudo é só imagem em uma foto.
O som e a sensibilidade podem fazer parte do que se vai retratar. Talvez se o
fotógrafo tocar em uma árvore antes de fazer a foto, ele tenha uma percepção
mais sensível do que está em sua volta. A foto com sensibilidade agrega bem
mais valores técnicos e estéticos” – Teco Barbero<o:p></o:p></span></i><br />
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Tirar
fotos sem utilizar a visão. Seria isso possível? Para o jornalista e fotógrafo
sorocabano Antonio Walter Barbero, 31 anos, a atividade se tornou realidade.
Com deficiência visual rara chamada persistência de vítreo primária, o
jornalista possui visão de 5% a 10% e vê tudo o que as outras pessoas veem,
porém com bem menos potência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Andando com desenvoltura pela sua
casa, entre a sala e cozinha, não se nota a deficiência visual. Simpático,
divertido e comunicativo, Teco Barbero, como é popularmente chamado, desde
pequeno sempre driblou as dificuldades estudando e trabalhando como qualquer
pessoa normal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Na época em que entrou na escola, a
palavra inclusão de deficientes ainda era recente. Teve a ajuda dos professores
e principalmente de uma tia que o acompanhava durante as aulas. Não possui uma
boa leitura braile e como enxergava um pouco, foi incentivado a ler e escrever
normalmente. Sua escrita e leitura não são tão ágeis, mas com persistência
consegue ler o jornal por pelo menos 2 horas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
jornalismo surgiu quase que por acaso. Primeiro queria fazer a faculdade de
idiomas, por ter facilidade e gostar da profissão de intérprete. Porém em
Sorocaba na época, não tinha esse curso e por indicação de professores e
amigos, decidiu cursar jornalismo na Uniso (Universidade de Sorocaba).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fazer
a faculdade foi um desafio e no início chegou a ouvir palavras desanimadoras.
“Cheguei a sentir certa relutância de alguns alunos que me questionavam: - Como
você irá fazer quando tiver as matérias de fotojornalismo e telejornalismo? Aí
respondi: ‘Quando chegar lá eu vejo como farei, não vou desanimar’, disse o
fotógrafo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Muito
por coincidência, o encontro com a fotografia aconteceu no segundo semestre do
curso, quando por meio de iniciativa do professor Werington Kermes, Teco foi
convidado para participar de uma oficina de fotografia para deficientes visuais.
O professor decidiu realizar uma oficina com 12 alunos cegos, após assistir ao
filme “Janela da Alma”, de 2001, que mostrava as experiências do esloveno e
fotógrafo cego, Edgen Bavcar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“A
oficina durou seis meses e proporcionou que deficientes visuais se sentissem
incluídas na sociedade, podendo até tirar fotos da família e de eventos. Para
mim o curso teve um caráter mais sério, tanto que usei os conhecimentos que
adquiri para realizar meus trabalhos na disciplina de fotojornalismo”, contou
Teco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após
ter-se formado, já em 2009, recebeu o convite para realizar fotos para campanha
publicitária da Associação Desportiva para Deficientes (ADD). O feito mudou sua
vida profissional, e desde então passou a ensinar sua técnica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Meu
objetivo é ministrar essas oficinas nas faculdades, principalmente de
jornalismo, e capacitá-las para poder receber alunos com deficiência”<b>, </b>conclui. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após
o reconhecimento do trabalho que realizou na campanha publicitária, recebeu
convite pra trabalhar como editor do jornal interno da Facens (Faculdade de
Engenharia de Sorocaba). Por ser avesso ao uso de computador, não usa qualquer
tipo de programa de acessibilidade e acabou adotando uma rotina um tanto
incomum, mas que com ajuda dos colegas funciona. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Peço
que as pessoas me entreguem as matérias impressas e as leiam pra que possa
editá-las. Devido a boa audição e memória que possuo, acredito que o processo
vem dado resultado”, conta Teco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt8HSQ8nGaTNhazmyX8DfMuhx6YucedvznfHvP8pXwr5AbN2AQntQaJLK0vC1qH_BMLNVZalpFm9T4kLJ8PrBo5QXqKpjU2pysaoJgViUKFuxuKTO4FI5TBGDSjxn9pJMXv_MZrm2EJwQ/s1600/Fot%C3%B3grafo+-+Teco+Barbero+2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt8HSQ8nGaTNhazmyX8DfMuhx6YucedvznfHvP8pXwr5AbN2AQntQaJLK0vC1qH_BMLNVZalpFm9T4kLJ8PrBo5QXqKpjU2pysaoJgViUKFuxuKTO4FI5TBGDSjxn9pJMXv_MZrm2EJwQ/s320/Fot%C3%B3grafo+-+Teco+Barbero+2.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">Medindo
um palmo o fotógrafo mede a distância entre a máquina fotográfica e a pessoa a
ser retratada</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sentindo as imagens<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
sensibilidade tátil também é um dos pilares que sustentam a rotina de trabalho
do jornalista. O enquadramento das fotos para um fotógrafo que não enxerga,
segundo as técnicas de Teco, é orientado pelo tato. Com a mão, medindo um
palmo, o fotógrafo controla a posição e a distância que o objeto ou pessoa a
serem retratados estão da máquina fotográfica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
a foto que a pessoa quiser tirar for de curta distância, basta apenas
posicionar a máquina na altura dos olhos, sentir onde está o botão e clicar.
Caso a foto seja de uma distância maior, será necessário que o fotógrafo, sem
mudar sua posição, dê de dois a três passos pra trás e bata a foto. <i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Teco
esclarece uma questão comumente lembrada pelos alunos das oficinas. Se a foto é
tirada por um cego que não pode vê-la, qual então o sentido de fazer a oficina?
Teco responde: - Não tenho a ambição de torná-los fotógrafos profissionais. A
foto serve para que eles sintam o ambiente onde estão, seja na praia ou
paisagem e possam compartilhar com a família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O processo imaginativo também é peça
chave na fotografia para cegos. O esloveno Edgen Bavcar diz fazer suas fotos
com o olhar da imaginação. Perdeu a visão aos 12 anos, e passou a tirar fotos
com 17 anos, depois que emprestou uma câmera fotográfica da irmã. A fotografia
para ele surgiu como forma de liberar imagens que existiam em sua cabeça e no
interior de sua alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> “Para o deficiente visual quem
enxerga não são olhos, mas sim o cérebro, que projeta a imagem por meio do
conjunto de sensações como tato, olfato e audição captados.”, explica Teco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Teco
também utiliza as mesmas técnicas de Bavcar, incluindo a foto orientada por
áudio descrição. Em fotos mais complexas como paisagens ou mesmo objetos de
tamanho maior como um carro ou uma casa, o fotógrafo precisa da ajuda de um
acompanhante que descreve o ambiente ou uma paisagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMT25q5_41dk6HOQeCSW32N_Li2GYn33wmRboFWzEHdR-1q0KRNdbVymsKIun3bh9bg7Wie40-w0jiH2e2zywPerTWxknYfz4glfc99g3kfRYpUbDvVOCPpVzWrz4AlQZ5w9jsSbgubTY/s1600/Locutor+-+Marcelo+Marchi+3+.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMT25q5_41dk6HOQeCSW32N_Li2GYn33wmRboFWzEHdR-1q0KRNdbVymsKIun3bh9bg7Wie40-w0jiH2e2zywPerTWxknYfz4glfc99g3kfRYpUbDvVOCPpVzWrz4AlQZ5w9jsSbgubTY/s320/Locutor+-+Marcelo+Marchi+3+.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">Radialista deficiente visual Marcelo Marchi recebendo orientações de sua mulher que lhe passa as
informações oralmente</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Memória de elefante<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem
ouve a narração do plantonista esportivo da rádio Educadora nem imagina que ali
está o deficiente visual Marcelo Eduardo Marchi, 34 anos. Com carreira de 12
anos no rádio, o radialista possui apenas 4% da visão, ou seja, Marcelo enxerga
apenas vultos que oscilam de zero a quatro por cento.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O radialista, que não aprendeu a ler
em braile, conta com a memória privilegiada para decorar os textos. Sua mulher
Débora Alexandre Marchi o auxilia e fica encarregada de coletar as informações
e passá-las oralmente ao marido. Paralelo a isso, Marcelo tem seu próprio
radinho de pilha, onde também ouve o resultado dos jogos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> “A memória tem que ser sempre
treinada e estimulada. Desta forma, ela nunca te deixará na mão. Não nego que
às vezes é um pouco cansativo. Mas acostumei-me a trabalhar assim, e hoje se eu
falar qualquer informação três vezes eu não esqueço mais” concluiu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes
mesmo de trabalhar no rádio Marcelo Marchi desde criança adorava ficar o dia
todo gravando, ouvindo e corrigindo sua voz para o programa de esporte que
fazia sozinho em sua casa. Marcelo montava o programa em fitas cassetes no
rádio, que ganhara de sua mãe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seu
grande sonho começou em 1999 quando ingressou como locutor na rádio Cultura de
Leme. Sua função era como retaguarda esportiva, que era pegar resultados para
outro plantonista. Quando este mesmo plantonista mudou de emissora, Marcelo foi
convidado a assumir o lugar do locutor. No começo ficou um pouco com medo, mas
sua grande chance de realizar seu sonho de trabalhar com rádio falaram mais
alto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Desde que perdeu o pai, em 1982 com
apenas 04 anos de idade, quis seguir seu caminho com as próprias pernas.
Abandonou a escola para poder trabalhar e começou cedo como ajudante de
caminhão. O fato de ter abandonado a escola não foi por motivo de preconceito,
mas sim por não conseguir se adaptar as aulas dos professores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
deficiência visual nunca foi empecilho para Marcelo, que se considera um
autodidata. “O mundo não tem que se adaptar a gente. Pelo contrário, nós é que
temos que se adaptar a ele, criando alternativas para poder fazer aquilo que
sentimos vontade. Se você ficar parado, esperando alguma coisa acontecer, você
não vai alcançar nada na sua vida”, desabafa Marchi. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Realizando o sonho de criança, desde
que construía sua própria rádio em casa com fitas cassetes, Marcelo conseguiu
alcançar seu sonho e há 06 anos trabalha na Rádio Educadora 1020 AM de Limeira
e também na Rádio Brasil 101,1 AM de Leme.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfEJRzE-6rZPv-x9jpQ3VsbMVN5nKPr49W792DESjgSngZZQ0Y5Go3Z6UcKfE8FTL-MEt5-4XNwGczhIs8ndl28dJWLv1NIgYPCISp8kwzBgRglJC1qCofEOUOhtBTOLcyu_l-muIa8L0/s1600/Locutor+-+Marcelo+Marchi+4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfEJRzE-6rZPv-x9jpQ3VsbMVN5nKPr49W792DESjgSngZZQ0Y5Go3Z6UcKfE8FTL-MEt5-4XNwGczhIs8ndl28dJWLv1NIgYPCISp8kwzBgRglJC1qCofEOUOhtBTOLcyu_l-muIa8L0/s320/Locutor+-+Marcelo+Marchi+4.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">O
radinho de pilha, amigo inseparável do locutor</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="line-height: 150%; text-align: center;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="line-height: 150%; text-align: center;">Enxergando com os ouvidos</b></div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="margin-left: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
percepção de mundo dos cegos difere completamente daqueles que enxergam, não só
pelo fato de não poderem ver, mas sim por ter outros sentidos como audição,
tato e olfato e até a memória mais apuradas. Qual será então a explicação para
o desenvolvimento dessas capacidades? Podem ser adquiridas ou já estão
transcrita no DNA?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> No caso de Teco Barbero e Marcelo
Eduardo Marchi, que já possuem déficit visual intra-útero, a maior eficiência
desses sentidos é explicada pela neuroplasticidade, que é a capacidade que o
cérebro tem de remapeamento das conexões das nossas células nervosas, o
processo que nos ajuda no aprendizado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Neste caso, os neurônios
responsáveis pela visão foram perdidos e substituídos por outros com função
redirecionada. Até a década de 70, imaginava-se que as células nervosas não
possuíam a capacidade de reproduzir-se. Porém com a descoberta da
neuroplasticidade, os neurônios mesmo que lentamente, se regeneram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
o médico neurocirugião Humberto Barbosa, é que como se o cérebro se
reprogramasse para poder suprir o déficit da área que sofreu a lesão. “Essa
alteração funcional causa hipertrofia de sistemas, ou seja, quando a pessoa
perde a visão, o cérebro precisa criar sistemas de defesa e passa a produzir
mais proteínas para outros sentidos que não a visão. Neste caso, a cinestesia,
capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, será definida pelo
tato, olfato ou audição”, explica o especialista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O mesmo raciocínio pode explicar a “memória de
elefante” do radialista, que segundo o médico, foi potencializada. “Desde
pequeno ele não aprendeu braile, até porque já possuía a memória auditiva
importante. A partir disso a atividade só foi potencializada e desenvolvida no
decorrer dos anos, até pra suprir o déficit de suas outras capacidades”, ressalta.
<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Luta pelos direitos dos deficientes</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Lutando
pela exigência de direitos desses profissionais e o preconceito que sofrem no
cotidiano, a webjornalista Kátia Fonseca, que trabalha Rede Anhanguera de
Comunicação (RAC) em Campinas e membro do Sindicato dos Jornalistas de São
Paulo, realizou em 2010 um cadastro de jornalistas profissionais portadores de
deficiência para oferecer serviços a empresas jornalísticas, assessorias de
imprensa ou trabalhadoresfreelancers.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
serviço, realizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
São Paulo (SJSP), tem por objetivo intensificar o cumprimento da Lei de Cotas,
criada em 1991, que prevê a contratação obrigatória de profissionais com
deficiência por empresas que tenham acima de 100 funcionários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
cadastro ainda está tímido e recebeu poucas adesões. “Com a lei a empresas tem
por obrigatoriedade a contratação. Isso facilita o ingresso desses
profissionais no mercado. Porém pouquíssimos jornalistas com deficiência nos
procuraram. Talvez esteja faltando mais divulgação”, afirma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
Kátia, que é portadora de nanismo acondroplásico em consequência de má formação
óssea congênita, diz que quando começou a estudar e trabalhar encontrou muitos
desafios e obstáculos. Ela recorda que na época em que começou no jornalismo,
em 1990, as empresas não davam o apoio que dão hoje, até porque ainda não eram
obrigadas a empregar esses profissionais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
a criação da Lei de Cotas, há 21 anos, o panorama está sendo alterado. Porém,
segundo ela ainda é preciso mais esforço para seu cumprimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“As
grandes empresas estão cumprindo a Lei de Cotas, mas não totalmente. Isso ainda
é um "nó" que precisa ser desatado. É um jogo de força entre empresários, que não querem gastar dinheiro<b>”,</b> afirma a jornalista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Não dando a luta por vencida, a
jornalista persistiu no sonho de escrever, e após sair da FaculdadeCatólica São
Leopoldo, em Santos (SP), onde se formou, trabalhou como freelancer no jornal
semanal O Vale, na cidade de Registro (SP). Foi assessora de imprensa no
Sindicato dos Urbanitários de Santos e, por fim, mudou para Campinas trabalhar
no jornal Correio Popular.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
início de sua carreira, chegou a trabalhar como repórter de rua, No entanto a
falta de acessibilidade nas cidades, nos prédios públicos, a impossibilitava de
chegar aos locais para as matérias. “Se o repórter cadeirante chega a algum
desses lugares para fazer uma cobertura e depara com uma escadaria, seu
trabalho será em vão”, alerta Kátia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse
entendimento da sociedade na aplicação de políticas públicas de acessibilidade
podem ganhar potência e destaque, se o preconceito for derrotado. Assim define
a jornalista, que vê como maior antídoto para matar essa doença a informação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“ONGs
geridas pelas próprias pessoas com deficiência são fundamentais para informar sobre
a realidade do cotidiano das pessoas com deficiência. Cabe a elas mostrar à
sociedade como vivem, do que são capazes e o quanto são iguais a todo mundo,
apesar das diferenças”, exalta a jornalista.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dando voz a quem não tem vez <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
sociedade também já se mobiliza, criando novos canais de mídia para a difusão
de conteúdo para o público deficiente. Um dos exemplos é o projeto a Vez da
Voz, Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) criada em 2004
com objetivo de produzir telejornais, programas de rádio e conteúdos de mídia
com narração, Língua de Sinais, legenda e audiodescrição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
iniciativa cumpre a Portaria nº 310 de 27 de junho de 2006, que aprovou a Norma
Complementar nº 01/2006 e dispõe sobre acessibilidade para pessoas com
deficiência na programação veiculada na televisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além
disso, o projeto serve de via alternativa para dar oportunidade de emprego aos
profissionais com deficiência que desejam trabalhar na comunicação. O conteúdo
dos vídeos e rádio é produzido por repórteres e apresentadores com algum tipo
de deficiência, seja ela física, visual, cognitiva ou auditiva. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
projeto, coordenado pela fonoaudióloga, doutora em lingüística, professora de
português, escritora e presidente da ONG Vez da Voz Cláudia Cotes, tem como
destaque a produção do Telelibras, primeiro telejornal do Brasil voltado para a
comunidade surda e que é apresentado pela deficiente visual e também cantora e
compositora Sara Bentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
Cláudia Cotes, a realização do Telelibras surge como proposta inovadora para o
futuro da inclusão na TV no Brasil. Tanto na recepção quanto na possibilidade
de inclusão dos profissionais, que segundo ela, ainda não acontece como
deveria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“O
jornalismo não absorveu a inclusão para si próprio. Falta capacitação nas
faculdades e as emissoras precisam querer cumprir a lei, criar condições de
acessibilidade na Comunicação. Falta conhecimento sobre o assunto”, alerta
Cláudia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
criação do Telelibras impulsionou a visita ao site da ONG<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8344272184579665881" name="_GoBack"></a>
</span><a href="http://www.vezdavoz.com.br/site/index.php"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">http://www.vezdavoz.com.br/site/index.php</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
que subiu de 10 mil para 25 mil acessos mensais. Porém por falta de verbas pra
seguir em frente, o projeto está parado. “Os projetos da Vez da Voz foram bem
aceitos e premiados. Mas começaram a crescer de tal maneira, que precisavam de
mais recursos. As empresas também são relutantes em investir, o que fez com que
parássemos o projeto”, lamenta Cláudia. <o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div>
<br />
<br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-small;"> *matéria publicada na Revista Painel - Ciência e Cultura n º74 - produzida em 2012 por alunos do curso de jornalismo da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). </span></span></div>
Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-13533003468279880042012-07-24T18:41:00.000-07:002016-01-08T04:32:47.318-08:00Eterno Lutador<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjorEHgjPWcZvleWyCm0BdN3DQjkieXnkLTilQPbKGjIpHeYjMKpCHz4EOvacMc10taVYOXHbFsNslree_wLiq-eZWXKOyu6K4ZQiFlBMQaV0hYTnw4JMm0Nyb9-5EeZ0YoY4iDUxUOj-U/s1600/daroz+resid%C3%AAncia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjorEHgjPWcZvleWyCm0BdN3DQjkieXnkLTilQPbKGjIpHeYjMKpCHz4EOvacMc10taVYOXHbFsNslree_wLiq-eZWXKOyu6K4ZQiFlBMQaV0hYTnw4JMm0Nyb9-5EeZ0YoY4iDUxUOj-U/s320/daroz+resid%C3%AAncia.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Dono de voz calma e suave, Wilson Daroz, jogador da equipe de vôlei adaptado de Araras, abriu seu coração e em duas interruptas horas explicou porque o esporte dá sentido a sua vida. O atleta sentado no sofá de sua casa é bem diferente do guerreiro das quadras, mas mesmo assim seu espírito inquieto de menino aparece e reaparece nos intervalos de suas histórias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Desempenhando o papel de eterno lutador, o atleta, químico, administrador de empresas e vereador da Câmara Municipal do Idoso em Araras, tem 72 anos, e não só esbanja seriedade no que faz, mas também realiza várias atividades na equipe de vôlei que criou em 2001. “Além de técnico, também exerço vários papeis nessa luta contínua pela paixão ao vôlei. No time faço um pouco de tudo e às vezes até assumo o cargo de roupeiro”, comenta Daroz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A paixão pelo esporte veio desde a adolescência quando jogava vôlei no time da escola estadual “Cesário Coimbra” em Araras. O atleta que é de Leme estudava em Araras e cultivou por anos inúmeras amizades. Foi na cidade que conheceu sua mulher, Itamar Cressoni Daroz, que tem 68 anos e também é jogadora de vôlei adaptado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O cotidiano do casal é bem intenso e até mais movimentado que a rotina de jovens de 14 ou 15 anos. “Não perdemos tempo assistindo novela ou ficando em casa sem ter o que fazer. Levo minha mulher treinar em Piracicaba duas vezes por semana e ainda crio fôlego pra treinar três vezes por semana com o time de vôlei”, ressalta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O rosto de Wilson estampava alegria e confiança quando relatou sua mais recente conquista: campeão de vôlei masculino do Jori 2011. A vitória ainda fresca em sua memória aconteceu no encerramento da etapa disputada em Araras, no dia 2 de outubro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O time masculino de vôlei adaptado de Araras foi criado e idealizado por Daroz em 2001 e já coleciona ótimas colocações nos jogos. “No começo do time recrutei vários amigos de minha época de escola. Metade da equipe que foi criada permanece até hoje, o que prova a união e companheirismo que cultivamos”, aponta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O nome de Araras é respeitado nas competições muito devido as conquistas da equipe que já é tetra campeã dos Jori, colecionando os títulos de 2001, em Rio Claro, 2004, em Serra Negra, 2008, em Jundiaí e o título atual em 2011. Além disso, a equipe conquistou o campeonato estadual em 2008 nos Jogos Estaduais dos Idosos disputados em São José dos Campos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpFWNoEUsaM09lGHg4ZQeE8pYtsrVA_XM6bCzMH6L_MX617VR7f_d5_mGmSD_PwPbx95D6-Ean51PF5zuP5AB7QQN-8iXFo4ECVIfUDAvfesjbbaKWvsYfPb9WDPrsR09mndaoFAhG8dk/s1600/DSC_0637.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpFWNoEUsaM09lGHg4ZQeE8pYtsrVA_XM6bCzMH6L_MX617VR7f_d5_mGmSD_PwPbx95D6-Ean51PF5zuP5AB7QQN-8iXFo4ECVIfUDAvfesjbbaKWvsYfPb9WDPrsR09mndaoFAhG8dk/s320/DSC_0637.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">O atleta durante etapa dos Jori 2011, realizada em Araras</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A integração e o companheirismo são marca forte da equipe que na disputa dos jogos leva familiares para acompanhar e torcer por eles. “Nossa mulheres sempre nos acompanham nas competições. Ao invés de ficarmos nos alojamentos, preferimos até gastar um pouco mais, ficando em hotéis. Com certeza isso contribui muito para o bom relacionamento, criando um ambiente mais harmônico”, destaca.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A equipe é formada por metade de atletas com mais de 70 anos que na quadra mostram vigor, experiência e motivação. Para Daroz a atividade esportiva ajuda muito a aumentar a qualidade de vida nessa idade. “Tem um médico que freqüento que me disse uma vez: ‘Continua com o seu time, pois tenho percebido que muita gente sumiu do consultório para reclamar de doenças e outros males”, disse rindo Daroz. Ainda segundo ele, seus companheiros no time passaram a levar uma vida mais regrada, garantindo assim condição física acima da média.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Nesse ano de 2011, a equipe de Daroz quase ficou desfalcada. O jogador Frederico José Chinaglia, operou de um câncer e por pouco não participou dos jogos. “Ficamos muito felizes quando soubemos que o Chinaglia disputaria os jogos. A doença o abateu num momento difícil, porém o espírito de competição, superação e esperança fizeram com que ele juntasse forças e jogasse conosco”, declarou emocionado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<i><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">*Wilson Daroz faleceu no dia 14 de julho aos 73 anos. Era casado e residia em Araras, na rua America, 126 - Centro. A reportagem acima foi realizada em novembro de 2011.</span></i><br />
<div>
<br /></div>
Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-53309519144068044032012-06-07T17:21:00.002-07:002012-07-24T18:42:58.084-07:00Resgatando o que nos sustenta<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>“Salve,
salve a cultura! As reflexões advindas de resgate histórico e experiências
singulares de outrora convidam, inquietam e clamam”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Por </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Horácio Busolin
Júnior</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Denis Fernando</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
João Vitor
Fedato</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O homem moderno se vê perdido e imerso na selva de pedra que ele próprio
criou. O empobrecimento dos valores humanos, em detrimento da busca incessante
do lucro, destrói princípios, e cega o olhar da humanidade em relação ao m<span style="font-family: inherit;">eio
ambiente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A peça <i>Mahagonny</i> encenada no
Teatro Estadual "Francisco Paulo Russo" em Araras, no dia 30 de abril de 2011, deu “um tapa na cara”
do público presente. O texto de Bertold Brecht permitiu a reflexão direta do
espectador, despertando o papel que cada um exerce na sociedade. Há várias
cenas da peça que mostram que o dinheiro tem mais valor que a vida humana. <i>Mahagonny</i> é uma cidade fictícia onde o
que vale é a diversão a qualquer custo ou mesmo nenhum. Dentro de um mar de
promiscuidade e devassidão, a história escancara que <i>Mahagonny</i> pode representar o planeta, e os habitantes dessa cidade,
perdida e afundada no fracasso, somos nós. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Nesse panorama assombroso, as artes podem contribuir e muito como meio de
propagação desses alertas. Livros, peças teatrais e artesanatos podem exercer
papel pedagógico significativo, e conscientizar as pessoas da importância da
sustentabilidade e da luta pela conservação da natureza. A obra cultural tem o
poder de influenciar a humanidade, e reatar os laços perdidos do Homem com a
Mãe Natureza.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinCfnspuGpG6GJMktU2KMTcNWlJTCgh3OXXbf_QYwKQ4wyLrZ3-cfNGBQ3ZrF7aoyrwCCPfR4zP6hcH4mTyhNE9TTMXAyJQerp68Stb67PjCT5Y5kYthjv7XGTIjg1Tp_jx-GUAfyD3h8/s1600/Foto+Reportagem+copy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinCfnspuGpG6GJMktU2KMTcNWlJTCgh3OXXbf_QYwKQ4wyLrZ3-cfNGBQ3ZrF7aoyrwCCPfR4zP6hcH4mTyhNE9TTMXAyJQerp68Stb67PjCT5Y5kYthjv7XGTIjg1Tp_jx-GUAfyD3h8/s320/Foto+Reportagem+copy.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">1ª Festa das Árvores do Brasil, realizada há 110 anos </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Resgate das árvores esquecidas<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Há 110 anos a pequena cidade de Araras, localizada no interior de São
Paulo, estava <st1:personname productid="em polvorosa. A" w:st="on">em
polvorosa. A</st1:personname> rotina tranquila de uma cidade ainda rural seria
quebrada, para receber um dos movimentos ecológicos mais importantes do país na
época: a 1° Festa das Árvores do Brasil. A festa foi idealizada nos moldes do
“Arbor Day”, festa em comemoração às árvores realizada nos Estados Unidos, que
promovia discussão, e nesta iniciativa tentava enraizar a consciência ecológica
nas crianças, e cultivar no povo o amor pela natureza. No Brasil a festa foi
idealizada por Alberto Löfgren, João Pedro Cardoso e Coelho Neto. Preocupados
desde aquela época com a devastação das árvores, para construção de ferrovias,
esses homens lutaram para promover uma campanha em prol à natureza. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em 1902, Löfgren, cientista sueco que era diretor do Horto Botânico de
São Paulo, já causava polêmica quando publicou o “Serviço Florestal do Estado
de São Paulo”. No artigo o cientista discorria sobre assuntos voltados a
proteção da natureza e as medidas preventivas e legislativas, que tinham como principal foco: despertar nas crianças o respeito pelas árvores.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A ideia da festa se fortaleceu quando João Pedro Cardoso, então inspetor
do 2° Distrito Agrícola de Araras, e Löfgren faziam parte do Centro de
Ciências, Letras e Artes de Campinas. Foi então nesse período que Pedro Cardoso
decidiu fazer a festa no município de Araras, onde teve irrestrito apoio da
Câmara Municipal. Estava lançada a festa que iria mudar os rumos do
ambientalismo no Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Esta história de luta pela natureza descrita acima foi perpetuada graças
ao trabalho árduo do pesquisador de história, biólogo e desenhista científico
ilustrador do Departamento de Botânica da Unesp de Rio Claro, Wenilton Daltro.
Em 2002, Daltro lançava seu segundo livro intitulado “História da Primeira
Festa das Árvores do Brasil". </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O livro foi produzido com muito esforço, e lançado graças ao seu espírito
de eterno inquieto e questionador. O resgate, em documentar em livro a
história, se deu em aproximar os mais jovens do pioneirismo do evento no Brasil
da época. “Quando começou a se aproximar o centenário da Festa, notei que nada
havia até então que documentasse substancialmente o evento e seu pioneirismo, e
resolvi me entregar a empreitada de uma pesquisa profunda para compor um livro
para registrar definitivamente o feito”, relatou o pesquisador.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Todas as atividades da festa foram relatadas minuciosamente no livro. Em
uma fantástica viagem ao tempo vendo fotos dos “bigodões”, barões da época,
pode-se recriar o universo daquele dia. O evento contou com plantio de mudas
vindas do horto botânico de São Paulo. Cerca de 500 crianças das escolas da
cidade plantaram 242 mudas de vários tipos como faveiro, peroba, carvalho,
guarantã entre outras, incluindo a única remanescente, que é a palmeira
centenária, localizada em frente ao Colégio Coronel Justiniano Whitaker de
Oliveira.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A 1° Festa das Árvores repercutiu nacionalmente, e teve a participação de
integrantes da comitiva presidencial, enviada especialmente ao evento. Na
comitiva constaram personagens renomados como o governador do Estado de São
Paulo, Bernadino José de Campos Júnior e o prefeito de São Paulo Antônio Prado.
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLctPlHWxhC8jFjuEm4-I0yOZP_ScXbJLFOpPnZ4Zk4enc5Kd3hxLEh8tZxk_TYUjYLJUWPW2rYu59C73Ej-h17Er_X9Smd9bUD3wW3C5nQQPC9uFbiHWumpTyPb5VcrBvLO4ygpwGt_Y/s1600/OgAAABnNCPAEWqASxG6WehhlLwpNhn_ko8VS3BPVIlfL-2k9g3JzmlRGlpkwYsuUpQwUZ3bQ1eQl5sZlaQ360K6HgZ0Am1T1UB9gC1kv2vdP1Vm-Ak90NqY1-OkT.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLctPlHWxhC8jFjuEm4-I0yOZP_ScXbJLFOpPnZ4Zk4enc5Kd3hxLEh8tZxk_TYUjYLJUWPW2rYu59C73Ej-h17Er_X9Smd9bUD3wW3C5nQQPC9uFbiHWumpTyPb5VcrBvLO4ygpwGt_Y/s320/OgAAABnNCPAEWqASxG6WehhlLwpNhn_ko8VS3BPVIlfL-2k9g3JzmlRGlpkwYsuUpQwUZ3bQ1eQl5sZlaQ360K6HgZ0Am1T1UB9gC1kv2vdP1Vm-Ak90NqY1-OkT.jpg" width="219" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Há 10 anos o Escritor Wenilton Daltro,<br />
publicava o livro "História da 1ª Festa das <br />
Árvores do Brasil</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Daltro relata no livro que a imprensa compareceu em peso. “Jornais
conceituados da época como <i>Estado de S.
Paulo</i> e <i>Jornal do Brasil</i> mandaram
repórteres para Araras, a fim de fazer a cobertura da festa. O <i>Jornal do Brasil</i> produziu o ótimo
suplemento “Revista da Semana”, e o <i>Correio
Paulistano</i> enviou o jornalista Amadeu Amaral, que realizou a cobertura mais
completa do evento”, comentou o biólogo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em relação a importância de seu livro no contexto atual, Wenilton
acredita sem falsa modéstia que sua iniciativa teve papel importante no
despertar da consciência ecológica. “Penso que, por sua importância para a
história do conservacionismo no país e pelo pioneirismo de Araras nesta área, o
livro será uma obra que só crescerá em valor com o passar dos anos, pois trata
de um assunto – a Ecologia – que é de importância não só para a cidade, mas
também para o Brasil”, relatou Daltro.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Wenilton ao finalizar a entrevista incentivou os jovens artistas,
escritores e fomentadores culturais para que realizem e resgatem uma festa em
homenagem às árvores. “Necessitamos de uma festa anual das árvores, que seja
divulgada em todo o país, bem como de um museu que recolha tudo o que foi
escrito, documentado e materiais afins sobre a festa. Este evento anual poderia
ser temático, fazendo-se shows e concursos com artistas que trabalham com
material do gênero, ou seja, pintores naturalistas, músicos que compunham obras
com teor ecológico, fotógrafos da natureza, etc”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqK_fJpXaBQ9DH5z38_OlNaA3l659Tmv3vVkFHErQxD635yZ8A2HbIaXNg_5pVtVRAfLkMu9HG9xbuWyD89pWHJ64RrGIL2EzejadVaKztZmzdo7fBnxd63h4pVXa0CE48oqgOVduFtCg/s1600/DSC07672.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqK_fJpXaBQ9DH5z38_OlNaA3l659Tmv3vVkFHErQxD635yZ8A2HbIaXNg_5pVtVRAfLkMu9HG9xbuWyD89pWHJ64RrGIL2EzejadVaKztZmzdo7fBnxd63h4pVXa0CE48oqgOVduFtCg/s320/DSC07672.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trabalhos artísticos produzidos com papel, expostos na feira de artesanatos <br />
na Praça Imprensa Fluminense em Campinas</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Arte de Papel<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>"A única decisão verdadeiramente ética
é cada um tomar para si a responsabilidade de sua própria existência e da de
seus filhos" - Bill Mollison<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Até quando vale
a pena consumir a granel? O que podemos fazer para vivermos bem sem ferir o
futuro do planeta? Nossa responsabilidade pesa muito na balança da
sustentabilidade. Dentro do ciclo da vida, precisamos compreender que somos
responsáveis diretos pela nossa existência e a do próximo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Agora, como a
arte pode ajudar a acordar as pessoas para a luta em salvarmos o planeta? </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Aos fins de
semana na cidade de Campinas ocorre a feirinha de artesanato no Centro de Convivência
Cultural Carlos Gomes, localizado na Praça Imprensa Fluminense. As barraquinhas
se espalham pela larga e ampla praça que oferece artesanatos dos mais variados
tipos desde trabalhos com telhas até roupas e antiguidades. Quase que escondido
em meio a tantos artesanatos, uma barraca chama atenção pela novidade da
proposta artística: a arte com papel.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O trabalho é
desenvolvido pelo publicitário Beto Samu, que também possui projetos de
educação social em Valinhos, cidade onde reside. Beto trabalhou por 20 anos no
mercado publicitário e se cansou da vida cotidiana movida ao consumo
desenfreado. Cansado da rotina massacrante do trabalho movido a resultados,
Beto optou por diminuir o ritmo de seu trabalho publicitário preocupado em
levar uma vida sustentável com mais compromisso ao próximo. “Meu padrão de vida
era muito bom, chegava a ganhar cerca de 5 mil por mês. Porém levava uma vida
desregrada que prejudicava minha saúde e cheguei a pesar 90 quilos. Hoje vendi
meu carro e só ando de carona, pois penso que assim contribuo para o meio
ambiente, sem contar que tenho mais interação com as pessoas do meu condomínio”,
comentou Beto. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Há cerca de dois
anos Samu teve contato com a permacultura, que é um método holístico
desenvolvido pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de
1970 e visa planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (vilas ou
aldeias) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente
viáveis. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghyphenhyphen6RAlRHQGQQPXOERvl9vxUtPoTR20Z0xhPXBdXvtWVt_gCZy4znOJAxpRgNb8ic9vV2w6-UTH-uFVLiLWSq31pH5cn6TqcLRXVT2lcgdKnOGLk6r7FyYH8Q0m5IVoWalvharu1QwOm8/s1600/DSC07668.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghyphenhyphen6RAlRHQGQQPXOERvl9vxUtPoTR20Z0xhPXBdXvtWVt_gCZy4znOJAxpRgNb8ic9vV2w6-UTH-uFVLiLWSq31pH5cn6TqcLRXVT2lcgdKnOGLk6r7FyYH8Q0m5IVoWalvharu1QwOm8/s320/DSC07668.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Artista plástico Beto Samu que utiliza o papel com matéria prima para sua arte</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A partir desse
contato com a permacultura começou a desenvolver também o trabalho artístico
com papel tecendo arte com reciclagem. “Reaproveito papel despejado no lixo de
meu condomínio e também dos supermercados e produzo peças artísticas como
mandalas, cortinhas de papel, brincos, baús e até porta papel e chaves. Com
isso crio possibilidades de diminuir o impacto do lixo no meio ambiente”,
explica. Samu ainda explica que sua arte, como por exemplo, as mandalas, tem
como inspiração a própria natureza. “Vou formatando as mandalas com um canudo
produzindo desenhos que copiam a natureza”,comenta Samu.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O artesanato de
Beto transcende o intuito artístico. Com um misto de atitude, talento e
criatividade o artesão não se contenta só com a arte em si. Na verdade seu
papel com o “papel” é apenas uma dos apêndices do seu objetivo real. O artesão
tem como projeto aliado a arte, a conscientização em sustentabilidade.
Realizando oficinas e dinâmicas de grupos para crianças e adultos Beto
conquista seu maior desejo: unir o sonho com o desenvolvimento pregando a arte,
educação e solidariedade. “Promovo a educação social em minha comunidade
aplicando dinâmicas de grupo. Recentemente idealizei o jogo da sustentabilidade
que tem por objetivo fomentar o envolvimento das pessoas com o desenvolvimento
sustentável através de jogos de palavras, para que depois criem em suas casas
ou no emprego, planos de ação sustentável”, explica Samu.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Junto com os
diversos trabalhos espalhados na banquinha de Samu, vemos publicações
produzidas por ele como os livretos “Dicas para uma vida sustentável”, que
contém explicações sobre desenvolvimento sustentável, os nove erres da
sustentabilidade e quinze dicas essenciais para aplicarmos em nosso cotidiano
como compostagem de lixo, compra coletiva, reciclagem e o encontro de trocas,
onde podem ser trocados serviços como aulas de inglês ou música por outros
produtos como alimentos, CDs ou até livros e roupas.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A intenção de
Beto é promover mais oficinas e atuar cada vez mais nas comunidades
conscientizando que é possível acabarmos com o lixo, mesmo que isso seja um
sonho ainda inatingível para a maioria da população. “Hoje em minha casa o lixo
é praticamente zero. Reaproveito o lixo e transformo em arte ou mesmo em adubo
para as hortas de permacultura”, conclui Samu.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-45440145080175466772012-03-01T15:21:00.004-08:002012-03-01T16:29:43.127-08:00Poetas virtuais ººº<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Pelo facebook, grupo de poetas de Araras criaram o movimento Pontoação, uma nova maneira de manifestação da arte<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3oiqks4RX64UI1AlvGJIC6brM73YNHTP09rJwxeHkA2XgN2Tv0CJzgE7HqkN6P5DOjxtKSFLawXztcqKrv9Gwi0yX9nm9WhGXsHpO8-flA6XMQaY06jMi00T7kA54kP-dqKCs2XjqgHQ/s1600/DSC08442.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3oiqks4RX64UI1AlvGJIC6brM73YNHTP09rJwxeHkA2XgN2Tv0CJzgE7HqkN6P5DOjxtKSFLawXztcqKrv9Gwi0yX9nm9WhGXsHpO8-flA6XMQaY06jMi00T7kA54kP-dqKCs2XjqgHQ/s320/DSC08442.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Irineu Curtolo, proprietário do sebo na Rodoviária de Araras, </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 150%;">criou o conceito Pontoação em 1999<o:p></o:p></span></div></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">P</span><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">ara que</span> um poeta pudesse divulgar seu trabalho no século XX precisava de apoio financeiro, e era necessário publicar suas obras em livros para que todos tivessem acesso. O contato com a palavra e também o contato de artistas com outros artistas se davam por meio de encontros em confeitarias, bares e café. Assim aconteceu no modernismo, movimento artístico organizado em 1922, pelos escritores Mário de Andrade, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Tarsila do Amaral entre outros que se encontravam e se conheceram na Confeitaria Vienense.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Na balbúrdia de hoje, século XXI, se depara com a evolução da comunicação por meio da internet que criou um mundo paralelo. A cultura digital propiciada pela internet influencia a sociedade aumentando a capacidade de se relacionar com pessoas cada vez mais distantes fisicamente entre si. Já no começo da década de 2000 surgiram as redes sociais que puderam aproximar pessoas com empatia de conteúdo e criar nichos diferentes e formar grupos dos mais variados gostos em comum para discutir política, cultura, esportes e inúmeros assuntos. Dentro desse novo espaço virtual se formou o Grupo Pontoação, que é um grupo existente no facebook, formado por poetas ararenses apaixonados por arte e literatura. O conceito artístico, que foi criado pelo escritor e dono de sebo, Irineu Curtulo em 1999, chama-se Pontoação, por misturar a pontuação da reticência com ação, movimento dentro da manifestação artística. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Quando Curtulo criou o Pontoação sua ideia principal era convergir e integrar a arte. “Minha ideia inicial era que uma obra de arte pudesse ser concluída a partir da criação de outras pessoas, promovendo assim uma integração entre a obra e seus vários ramos como uma pintura inspirada em uma peça de teatro ou uma música completando a ideia de um poema”, explica.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> O conceito é simbolizado por meio da reticência que é colocada no final dos textos e poemas escritos pelos componentes do grupo. “A reticência significa um símbolo fechado, que colocado sobre as últimas palavras dos textos permite que esse texto seja aberto, e concluído por outras pessoas que não só o autor”, definiu o organizador. De acordo com o escritor que é autor de inúmeras obras como Orbitas Paralelas I e II, a iniciativa de criar o conceito que migrou para o facebook no começo de 2011, é exaltar e divulgar somente obras autorais. “Hoje a internet promove integração e permite que você divulgue sua obra e não dependa da indústria editorial que só seleciona livros com poder de venda e que não são necessariamente bons livros”, explica.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Desde que foi criado na internet no começo de 2011 o grupo já conta com 150 membros que postam poemas, letras de música, pensamentos e até trechos de livros e contos. Para o professor universitário e mestrando na área de mídias digitais Renato Frigo as mídias digitais estão provocando a quebra de territorialidade proporcionando que pessoas de localidades distantes compartilhem conteúdos. <b><o:p></o:p></b></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Manifesto Pontoação<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Como forma de consolidar o conceito e até de promover a integração dos membros do grupo Pontoação foi realizado no <i>Centro Cultural Leny de Oliveira Zurita</i>,, no<i> </i>dia 12 de julho, o Manifesto Pontoação, que consistiu no encontro presencial dos membros do grupo formado no facebook, e contou com performances musicais, teatrais envolvendo a literatura, desenho e a poesia.</span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAWV1okCt67918MTSwsR7LbWcnQPYGPpIqpobRN6JDZv6c-Cepg8wpiwMC1ysx9iEP_sTzsvFeoAG5vxb3UVRhKT_oiIVrSJSVoy6TADVfuui27ViZSbUsuaySF5BZp02EFg8A1icl3PI/s1600/DSC08569.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAWV1okCt67918MTSwsR7LbWcnQPYGPpIqpobRN6JDZv6c-Cepg8wpiwMC1ysx9iEP_sTzsvFeoAG5vxb3UVRhKT_oiIVrSJSVoy6TADVfuui27ViZSbUsuaySF5BZp02EFg8A1icl3PI/s320/DSC08569.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Paulo Felisberto, músico, poeta e integrante do grupo</span></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Paulo Felisberto que é membro fundador do grupo e geógrafo, escritor e músico, afirma que o grupo não é essencialmente virtual, tanto que o fato de ter migrado para o facebook surgiu de conversas entre os membros Augusto Meneguin e Danilo Carandina que tiveram a ideia inicial de levar o Pontoação para a internet. “O grupo se organizou, primeiramente, na vida real, no contato pessoal e diálogos entre pessoas. Depois decidimos pela divulgação por meio do Facebook, e a partir desse ponto tivemos que organizar o grupo, haja vista o número de integrantes já ultrapassa os 150. Nesse momento tivemos que ajustar as temidas regras para que o grupo, como se faz necessário em qualquer espaço virtual, permanecesse coeso com os ideais do Pontoação e não fosse um espaço para postarem e divulgarem o que bem entendessem sem relação alguma com nossos objetivos”, explica Felisberto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> Ainda de acordo com Felisberto o encontro foi importante para que os membros do grupo discutissem pessoalmente a arte e sua forma essencial. “O encontro foi sem dúvida foi muito mais interessante e excitante que a interação virtual, que já é muito inspiradora. Vimos pessoas interessadas e envolvidas convergindo em um momento para fazer arte, discutir arte e viver arte. Para que o Pontoação sobreviva é preciso que as pessoas se reúnam como naquele dia, é preciso conviver entre artistas, é preciso ser artista fazendo arte de modo coletivo, com a maior possibilidade de interações que a criação permitir”, afirmou. A intenção e objetivos discutidos no manifesto é divulgar artistas que possam mostrar sua arte na internet sem vínculos com grandes corporações. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Criação Coletiva<o:p></o:p></span></b></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfdgdDnwqb9h1MxAnYuns3EYLPDIehtzWG1B5XLbISQH48YMUYpynDsFaubMSSd41IGWLjrvQ56XZONA5t-lNT8zfV6phgUGHPmfWnnfoLpCPOCSpzGqiFDCjb3x1RsdLGooHyMGYgfPw/s1600/Pontoa%C3%A7%C3%A3o+10.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfdgdDnwqb9h1MxAnYuns3EYLPDIehtzWG1B5XLbISQH48YMUYpynDsFaubMSSd41IGWLjrvQ56XZONA5t-lNT8zfV6phgUGHPmfWnnfoLpCPOCSpzGqiFDCjb3x1RsdLGooHyMGYgfPw/s320/Pontoa%C3%A7%C3%A3o+10.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Encontro realizado no Centro Cultural</span><span class="MsoCommentReference"><span style="line-height: 150%;"> </span></span><span style="line-height: 150%;">onde os artistas puderam</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">compartilharam obras</span></span></div><div><div><div class="msocomtxt" id="_com_1" language="JavaScript"><span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 12px;"><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=8344272184579665881&postID=4544014508017546677&from=pencil" name="_msocom_1"></a> </span><br />
<div class="MsoCommentText"><span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 12px;"><br />
</span></div></div></div></div></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">O </span><span style="line-height: 150%;">direito a livre criação é pensamento comum entre os membros do grupo. Augusto Meneguin, que também é músico da Banda Veludo Azul, não vê problema em ter sua obra continuada por outra pessoa. “É algo bem curioso, o fato de ver minhas obras completadas, já que acabo visitando a alma de outra pessoa, assim como ela visitou a minha. Estamos fazendo um tipo de sexo por palavras. Ela me lê, escreve <st1:personname productid="em cima. Eu" w:st="on">em cima. Eu</st1:personname> a leio e escrevo de novo. O mais interessante são as orgias. Quando diversas pessoas escrevem no mesmo poema. É possível atingir um grau de surrealidade absurdo, já que cada mente tem uma história bem singular”, observa Meneguin.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O músico ainda aponta que a poesia no Brasil é mal remunerada e nem sempre recompensa o trabalho do autor. “Não há motivo para se preocupar com direitos autorais de poesia: ela não vende mesmo. E, quando vende, o autor nunca recebe, porque as editoras não são transparentes ou lucram absurdamente, deixando algumas migalhas para o autor”, completa Meneguin.<o:p></o:p></span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhzyqLHvvi6WA3_WDTlkv0bT1w2XTuiw526Bid2EO3fJoZUv5tPdxwsEmmAtptVt8tZtfo1CGSajpDsd-aLWYqbfxmejG7k5YBcUMA49N7IQY9xBa7APFhs-r2ZbbpwzQ85W7bG46-cns/s1600/legenda+3.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhzyqLHvvi6WA3_WDTlkv0bT1w2XTuiw526Bid2EO3fJoZUv5tPdxwsEmmAtptVt8tZtfo1CGSajpDsd-aLWYqbfxmejG7k5YBcUMA49N7IQY9xBa7APFhs-r2ZbbpwzQ85W7bG46-cns/s320/legenda+3.JPG" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: left;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 115%;">Augusto Meneguin, vocalista da banda Veludo Azul, comenta que</span></div></div><span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small; line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"> o autor não ganha</span><span style="line-height: 115%;"> o que merece das editoras</span></span></div></div></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> É claro que o modelo de divulgação da arte pela internet ainda não foi totalmente explorado e adaptado com a finalidade de remuneração. Porém para o professor Renato Frigo a internet e os canais digitais promovem maior divulgação do artista que pode criar e fazer o papel de editora. ”O caminho digital é o caminho da coletividade. Prova disso é a tendência da auto-publicação. Hoje o artista cria a obra e lança a mesma nas mídias digitais sem precisar de uma editora, galeria ou espaço físico para mostrar seu trabalho. Hoje temos milhares de exemplos de novos escritores que lançaram seus livros digitais na internet e estão sobrevivendo dessa forma”, explica Frigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> A discussão dos direitos autorais não é um assunto que interessa aos membros do Pontoação. Afinal, como definiu Paulo Felisberto “a arte é algo construído também pelo autor e por outras pessoas interessantes e interessadas, como isso é fundamental para a construção e afirmação da importância da arte para o ser humano e principalmente para que os artistas estejam juntos e não segregados.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Construindo o quebra cabeça das palavras<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><i>*extraído da página Pontoação no Facebook</i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: inherit;"><b><i><span style="line-height: 150%;">Sebo do Neu (</span></i></b><span style="line-height: 150%;">Irineu Curtulo)<b><i>:</i></b><i> Tubulações°°° <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Não sofro, porém se quisesse sofrer<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Sofreria, mas não sofro<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Apenas embarco nos fundos dos poços<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Convivo com os encanamentos<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Que conduzem uns aos outros<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">E não sofro... <o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: inherit;"><b><i><span style="line-height: 150%;">Paulo Felisberto: </span></i></b><i><span style="line-height: 150%;">Tubulações°°°<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Ao futuro amor que se interessar por minhas dores<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Digo-lhe que elas são minhas e se quer dividir algo comigo, temos o carinho<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Pois neste cano que me enfio cabe só um<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Somente um deslizará tortuosamente até quebrar ossos<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Somente um sentirá dores pelo corpo e a vertigem da velocidade da queda<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Não se preocupe meu amor, sei que estará na outra saída para me dar o que quero receber<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Assim nunca sofreremos juntos a dor que não nos pertence ººº</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></i></div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-51943929311158692482011-10-25T19:15:00.000-07:002011-10-25T19:32:30.542-07:00Trabalhador Rural: a força motriz da agricultura<div style="text-align: center;"><i><br />
</i><br />
<i>Lei nº 5.889/73: Ao trabalhador rural é assegurado no mínimo o salário mínimo, devendo-se observar o piso salarial da categoria a que pertencer o empregado.</i><br />
<i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhjCUccKGLrhi0xay202N1EfdV9NwGpYo8WOkdZxGmk-DD2w4V37k8mDloIeEmN4XSbLJps0pFJL8bx7iu8UbcNAuq9TbvloCUwCZTzsoYftDwTwL6RthBuMA3sOpSlGarG_D2TxxjKwE/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhjCUccKGLrhi0xay202N1EfdV9NwGpYo8WOkdZxGmk-DD2w4V37k8mDloIeEmN4XSbLJps0pFJL8bx7iu8UbcNAuq9TbvloCUwCZTzsoYftDwTwL6RthBuMA3sOpSlGarG_D2TxxjKwE/s320/4.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Com a fiscalização dos sindicatos, o número de trabalhadores <br />
sem registro tem diminuído consideravelmente </td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">O relógio desperta, já são cinco da manhã. Debaixo de chuva, de muito sol ou mesmo frio, o trabalhador rural acorda para mais um dia de trabalho, possibilitando com sua força motriz que a comida chegue aos mercados, quitandas e por fim às mesas de refeição.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, 16.567,544 milhões de pessoas estão ocupadas na lavoura e pecuária, o que representa cerca de 21% da População Economicamente Ativa no Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div></div>Porém boa parte desses trabalhadores ainda trabalha sem registro e condições necessárias de segurança. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios – PNAD do IBGE de 1998, o percentual de trabalhadores rurais que estavam na ilegalidade nesse período, isto é, sem o devido registro na Carteira de Trabalho, era de 90,78%. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por outro lado a abrangência da fiscalização do Ministério do Trabalho em conjunto com os sindicatos rurais na agricultura ao longo dos últimos anos minimizou esse número. Em 1997, apenas 11,15% (35.865) dos 321.609 trabalhadores registrados nas fiscalizações do MTE eram do campo. Até novembro de 2007, a participação dos trabalhadores rurais na mesma estatística subiu para 19,67%, alcançando 135.732 de um total de 689.982. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para garantir seus diretos é imprescindível que o trabalhador esteja atento às leis, ou que procure ajuda seja em um sindicato ou procurando auxilio jurídico. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGtgVSnFN4N_YD1AnBfLp-7X9mfkMUosBnVtmzK0O2yuKn_x1uRiBu-qvf6CWqGuMhrSH4CCy6tsYKjaA4WocMIi7FHBF4N7yhK1MvlzRTKsoYJc2JZvCOlsykQnkeDKornvfLF-bqZMc/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGtgVSnFN4N_YD1AnBfLp-7X9mfkMUosBnVtmzK0O2yuKn_x1uRiBu-qvf6CWqGuMhrSH4CCy6tsYKjaA4WocMIi7FHBF4N7yhK1MvlzRTKsoYJc2JZvCOlsykQnkeDKornvfLF-bqZMc/s320/1.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Salvador Aparecido Mian, vice presidente do SINTRA</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div><b>Responsabilidade com o trabalhador Rural</b><br />
<b><br />
</b><br />
<div style="text-align: justify;">As primeiras reivindicações dos trabalhadores rurais no Brasil começaram a ter evidência em 1903. No entanto, através do Decreto 979, as intenções já apontavam para barramento da liberdade de organização dos trabalhadores rurais, principalmente os colonos do café, que iniciavam movimentos de resistência e contestatórios às condições de trabalho vigentes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A luta não terminou no começo de século 20 e prosseguiu durante os anos até o sindicato rural ser regulamentado por lei no governo de João Goulart, que não realizou acordos com a oligarquia rural, que o rejeitava. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foi nesse ambiente histórico conturbado, quase às vésperas do Golpe Militar, que cerceou qualquer liberdade de expressão, que foi criado o Sintra (Sindicato dos Empregados Rurais Assalariados de Araras e Região). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A luta e as atividades do sindicato, que atualmente é presidido por Luciana Cristina Gomes, tiveram inicio em 3 de novembro de 1963, com registro no Ministério do Trabalho, efetuado em 17 de julho de 1965. Desde então, as atividades do sindicato foram decisivas e continuam importantes para organização e respaldo aos trabalhadores no setor rural.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Atualmente o sindicato conta com sete subsedes e atua em 14 bases territoriais distribuídas entre os municípios vizinhos da malha regional. Cobrindo uma região extensa, que vai de Araras até Serra Negra, o Sintra possui cerca de aproximadamente 8 mil associados. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As funções do sindicato englobam a reivindicação de ganhos reais aos trabalhadores, a discussão de cláusulas, acordos e a requisição de materiais necessários para o trabalho, assim como acessórios de segurança para o trabalhador. O associado ao Sintra também tem acesso a vários benefícios, como assistência médica e odontológica, e convênios médicos e laboratoriais. O associado ainda pode usufruir de convênio com cabeleireiro, com instituições de ensino e obter atendimento jurídico. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><div style="text-align: left;"><b>Fiscalização no campo</b></div></div><br />
<div style="text-align: justify;">Junto ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público, o sindicato trabalha na região com delegados sindicais que fiscalizam as condições de trabalho. De acordo com vice-presidente do Sintra, Salvador Aparecido Mian, o sindicato trabalha intensamente em todas as bases territoriais, sobretudo fiscalizando as condições do trabalhador rural.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para essa função são indicados quatro delegados sindicais que fiscalizam se há incidência de informalidade de trabalhadores sem carteira e também há combate forte ao trabalho infantil no setor rural. “Fiscalizamos a região que o sindicato abrange com a finalidade de fiscalizar as condições de trabalho. Contamos com quatro delegados que verificam se há irregularidades. Chamamos atenção em algumas bases territoriais e adequamos os proprietários rurais para que regularizem a situação”, afirmou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVQmvick4BtxpYJy5UVFXZRZFyNzu3pWBPmhst4gD-7O_JyrA_NIqYyzQhXDFWMefZ1g-pwJ6edsNM4X6-2PozOq3y-8AqhBlpzdc9FpyMvS5xuuRTC42CFX843U7uC8Idrafk_18yJuI/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVQmvick4BtxpYJy5UVFXZRZFyNzu3pWBPmhst4gD-7O_JyrA_NIqYyzQhXDFWMefZ1g-pwJ6edsNM4X6-2PozOq3y-8AqhBlpzdc9FpyMvS5xuuRTC42CFX843U7uC8Idrafk_18yJuI/s320/2.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fiscalização rural cumpre os termos que constam na NR 31</td></tr>
</tbody></table>Sebastião Bonatto, um dos delegados do sindicato, está no sindicato desde 1994 e já de manhã percorre as propriedades rurais na defesa do trabalhador. Com a NR 31, Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, embaixo do braço, Bonatto visita as lavouras de cana de açúcar e da laranja, fiscalizando se há irregularidades no trabalho. “A primeira pergunta que fazemos ao trabalhador é se ele possui registro e se trabalha com os equipamentos de segurança necessários. Se as informações não estiverem de acordo com os termos propostos na NR 31, notificamos o Ministério do Trabalho para efetuar a multa na propriedade”, afirma o delegado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O delegado afirma que, graças a ações do Sintra e de outros sindicatos, fiscalizar trabalhadores sem registro, o delegado tem a função de orientar os lavradores para que usem botas e óculos de proteção. “Ainda encontramos certa resistência por parte de alguns trabalhadores em não usarem bota. Muitos ainda trabalham com chinelos e não costumam usar óculos de proteção por não se habituarem. No entanto sempre orientamos para os perigos de acidentes no campo”, alerta Bonatto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns trabalhadores também sentem certo receio quando Bonatto aporta na propriedade. O delegado comentou que muitos deles preferem trabalhar sem registro, por terem a ilusão de que a informalidade pode render mais. “Alguns trabalhadores preferem ficar sem registro, por serem enganados pelos famosos ‘gatos’, que são os compradores de laranja que empregam os trabalhadores oferecendo ganhos maiores por dia. Porém perdem o direito ao recolhimento do INSS e FGTS e também não recebem pelos dias de chuvas não trabalhados”, explica o delegado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bonatto alerta que boa parte dos trabalhadores ainda reluta em conhecer seus direitos e corre riscos graves por trabalhar para os “gatos” que não oferecem nenhuma condição de trabalho e garantia à saúde e integridade do lavrador.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O trabalhador rural Jeferson Antonio Leitão Pinelli, enxerga seu trabalho de forma séria e comenta que trabalhar com registro traz mais benefícios ao trabalhador. “Sempre trabalhei com carteira assinada, pra dessa forma garantir meus direitos com mais segurança. Sempre alerto meus companheiros dos perigos de trabalhar no campo na informalidade”, adverte.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Filiado ao Sintra desde 2010, Jeferson trabalha para um comprador de Engenheiro Coelho que possui 10 turmas de trabalhadores. O trabalhador comentou que ser filiado ao sindicato trouxe inúmeros benefícios a ele e sua família. “O sindicato oferece plano de saúde a minha família, e atualmente estou tendo a oportunidade de tratar meus dentes sem gastar muito. Além disso, recebemos palestras sobre segurança no trabalho que nos auxiliam no dia a dia no campo”, enfatiza Pinelli.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div></div><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;">O sindicato monitora as condições de trabalho e, além disso, luta por melhores salários junto às empresas rurais, cobrando também maior capacitação para os trabalhadores rurais. “Com a mecanização é preciso que os proprietários rurais deem suporte técnico aos trabalhadores, para que aprendam outras funções e se adéqüem ao novo modelo rural que utiliza cada vez menos o trabalho braçal”, conclui Salvador. </div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O vice-presidente do Sintra cobrou melhores políticas de auxílio à produção rural. “É preciso que o Governo Federal estimule a produção agrícola barateando custos. Dessa forma os produtores poderão pagar melhores salários aos trabalhadores ”, admitiu Salvador .</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O sindicato também oferece cursos de capacitação para segurança no trabalho rural como explicações sobre as Normas Reguladoras 31. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-22844007188349352482011-05-02T15:10:00.003-07:002011-05-02T15:13:01.607-07:00Armas em qualquer esquina<div style="text-align: justify;">O último acontecimento na Escola em Realengo, no Rio de Janeiro, reacendeu uma questão que as autoridades deixaram de lado: o controle do trânsito de armas no Brasil. </div><div style="text-align: justify;">O que levou Wellington Menezes de Oliveira a praticar a sangrenta chacina nas escolas? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A pergunta ainda paira no ar e a dúvida provoca discussões de psicanalistas, sociólogos, educadores e jornalistas. As informações estão sendo jorradas pela imprensa e declaram que o jovem possivelmente tenha sofrido bullying, ou era abatido por alguma patologia social grave. A sociedade está sedenta por explicações, e é possível que nunca encontre o real motivo que possa justificar tal ação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Problemas de sanidade como o dele, são visíveis pelo mundo. Basta lembrar do caso trágico da escola em Colombine que ocorreu no ano de 1999, em que dois adolescentes assassinaram 14 crianças e um professor. Nesse caso foi apontado que os meninos sofriam preconceito pela sexualidade. Segundo informações contidas no artigo de Daniel Mack e Melissa Risso (Jornal o Estado de S. Paulo), casos como esse têem vitimado cerca de 300 pessoas desde 1996, e ocorre em diversos países como China, EUA, Iêmen, Argentina, Finlândia e agora no Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há um misto de possibilidades que o próprio assassino nutriu e abriu precedentes para discussões que envolvem religião, preconceito, fracasso pessoal e demência. Acredito que nem o próprio assassino poderia explicar os fatos se estivesse vivo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Porém o principal vilão da história foi o instrumento usado para a prática dos assassinatos: a arma. Como foi que Wellington teve acesso ao revolver calibre 38 que vitimou aos alunos? De acordo com matéria publicada em 21 de dezembro no jornal Estado de S.ão Paulo, existem hoje no Brasil cerca de 16 milhões de armas, tendo 7,6 milhões na ilegalidade, correspondendo a 47, 6%.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Estatuto do Desarmamento definiu regras mais rígidas para o porte e posse de armas, mas mesmo assim a população pode ter acesso a armas, até por bases legais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Cabe às autoridades controlar o trânsito livre de armas e fiscalizar de forma efetiva como elas entram no país, vigiando com mais rigor suas fronteiras. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A polícia precisa intensificar suas ações fiscalizando clubes de tiros, empresas de segurança e caçadores. Outro ponto que precisa ser discutido é envolvimento de policiais com o tráfico de armas. Em fevereiro de 2011, policiais civis e militares foram presos na Operação Guilhotina por desvio de armas, corrupção e proteção a bicheiros.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A polícia Federal necessita reforçar ainda mais suas ações em trabalho conjunto com as corregedorias para melhor fiscalização nos profissionais da segurança pública. O baixo salário desses profissionais também é uma das causas para desvirtuação de condutas dos policiais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Porém o grande problema em se barrar a comercialização, mesmo com exceções, é o lobby realizado pelas empresas armamentistas junto ao Congresso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A problemática é salutar, e precisa ser discutida pela imprensa, de forma séria e com o intuito de orientar a opinião pública ao alcance de uma solução plausível. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com armas soltas e vendidas em qualquer esquina, jovens inconsequentes continuarão tendo acesso fácil a armas de fogo, como se essas fossem simples artifícios de brinquedo.</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-23718480185072947302011-03-03T11:54:00.000-08:002011-03-03T20:18:38.580-08:00O rock dos Marcelos: O que eles tem em comum?<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHjLt07XsT_PnIFIIu_UYhn9I4corucKZWH6ZfE8ycrV28ajpJ6RtYHWOYPb8bQ-ufwHnjGSHKE0CO5hX1azMSu8zghmXnqzDZlPk6PptJ-vteELMWggsZIPmK1hl2RJkF5tJ9pNRGRUk/s1600/Figura1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHjLt07XsT_PnIFIIu_UYhn9I4corucKZWH6ZfE8ycrV28ajpJ6RtYHWOYPb8bQ-ufwHnjGSHKE0CO5hX1azMSu8zghmXnqzDZlPk6PptJ-vteELMWggsZIPmK1hl2RJkF5tJ9pNRGRUk/s320/Figura1.jpg" width="148" /></a>Tenho escutado bastante o trabalho de três Marcelos, que andam fazendo o que há de melhor no rock nacional na atualidade. O primeiro Marcelo dispensa comentários. Líder da messiânica banda Los Hermanos, o compositor está consolidando sua carreira solo e já prepara o novo disco, ainda sem título, pra abril desse ano. O primeiro disco "Sou" , pelo menos ao meu ver, não empolgou tanto. Em seu Facebook, Marcelo disponibilizou um trecho da nova música de trabalho, e em ouvir apenas um minuto da canção, senti que ele voltou às velhas raízes "hermânicas". Quanto ao segundo Marcelo, esse tem uma história e tanto como músico e compositor. Trabalhando pelas beradas e nos bastidores, Marcelo Jeneci já trabalhou como músico de apoio de vários artistas de renome como Chico César, Arnaldo Antunes e Vanessa da Mata, com quem compôs o sucesso "Amado". O álbum "Feito pra Acabar", que saiu em 2010, celebra o começo da carreira do acordeonista como compositor, tratando as canções com muito esmero. Algumas músicas remetem de cara aos Los Hermanos como "Copo d´água" e "Café com Leite de Rosas". A produção do álbum ficou a cargo de Kassin, produtor que já trabalhou com os Hermanos e também Adriana Calcanhoto. O diferencial do disco ficou mesmo pro final, com a canção "Feito Pra Acabar". Com melodia doce e belo arranjo de cordas, a música foi composta em conjunto com José Miguel Wisnisk, compositor e professor de literatura da USP. A letra é belíssima e diz muito sobre o ser humano insaciável e incompleto. Pra terminar a saga dos "Marcelos" termino comentando um pouco sobre Marcelo Campello. O violinista contribuiu e muito pra os primeiros trabalhos da banda pernambucana Mombojó. O disco "Nadadenovo" foi a grande promessa independente em 2004 e tem músicas inspiradas também em Los Hermanos, contendo um pouco mais de virtuosismo nos arranjos. A música "O Mais Vendido" remete a psicodelia do final dos anos 60, como também a forte influência do quase homônimo Marcelo Camelo. Há um fato engraçado que ocorreu em uma entrevista com o Los Hermanos, em que uma repórter da Globo, insiste em chamar o Marcelo Camelo de "Campelo". Mas atualmente as semelhanças entre eles ficaram apenas no nome. Marcelo Campello, após sua saída do Mombojó em 2008, tem um trabalho voltado para o violão instrumental, em uma série chamada Projeções. No Trama virtual dá pra conferir um trecho de cada música. Realmente é bem diferente de Mombojó, tendo as músicas tocadas todas com violão de sete cordas, lembrando às vezes algo como André Geraisatti e Baden Powell.</div><div style="text-align: justify;">Seja na música ou no nome, dadas as devidas semelhanças e diferenças, é evidente que Marcelo Camelo e os Los Hermanos mudaram o conceito de se fazer rock misturado com MPB no Brasil. Porém Marcelo Jeneci e Marcelo Campello provam que vieram pra dar sua contribuição e encher o balaio de diversidades que existe na música brasileira. Que venham mais "Marcelos"</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Links recomendados:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marcelo Camelo</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=bnRlHoojYoA">http://www.youtube.com/watch?v=bnRlHoojYoA</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marcelo Jeneci</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=zm-GghfXpNQ">http://www.youtube.com/watch?v=zm-GghfXpNQ</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marcelo Campello</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=zm-GghfXpNQ">http://www.youtube.com/watch?v=zm-GghfXpNQ</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-24936748116576991132011-02-24T13:04:00.000-08:002011-02-24T13:07:41.358-08:00Superchunk no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/uY03xrcaIlM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A banda de indie rock Superchunk acaba de confirmar dois shows no Brasil. Os shows acontecerão na Virada Cultural das cidades de Mogi das Cruzes e Sorocaba, respectivamente nos dias 14 e 15 maio. O Superchunk figura hoje como uma das maiores bandas alternativas da história. Junto com Sonic Youth, Yo La Tengo, John Spencer Blues Explosions e My Bloody Valentine, o Superchunk ajudou a moldar o rock conhecido como Lado B, isso em meados dos anos 90. A banda se apresentou pela primeira vez no Brasil em 1998. Na época a produtora de eventos Motor Music organizou os shows da banda e incluiu a cidade de Piracicaba no circuito de apresentações. Tive a imensa oportunidade de acompanhar o show, que se realizou no extinto Blue Galeria, em Piracicaba. Isso foi em 1998, quando a banda lançava o álbum "Indoor Living" (meu disco de cabeceira). Fiquei impressionado com as linhas de guitarras certeiras e a bateria marcada. Com certeza o Superchunk influenciou boa parte do indie rock, isso quando o indie rock ainda sobrevivia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-41357301891413515592011-02-18T12:20:00.000-08:002011-02-18T12:26:09.660-08:00Em busca da democracia perdida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0hzcCw0bGQ1R11sg5CQ6tsuMLf24Yisdwx7bHf2iCnUmus2VGeGybsZb-l2fiFyIZIGd_VMWBCyy3TPLwOcmA-dQ-jKRgB7aya1FmVmaYOhNUiBz4YnWPmQb02a9Dl_IjQvWSNCe-CmM/s1600/Figura1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0hzcCw0bGQ1R11sg5CQ6tsuMLf24Yisdwx7bHf2iCnUmus2VGeGybsZb-l2fiFyIZIGd_VMWBCyy3TPLwOcmA-dQ-jKRgB7aya1FmVmaYOhNUiBz4YnWPmQb02a9Dl_IjQvWSNCe-CmM/s320/Figura1.jpg" width="256" /></a></div><div style="text-align: justify;">Graças a deus o fim de semana chegou , e com uma cara quase democrática. Dentro do rock e da política as notícias que pautaram essa sexta foram a votação do salário mínimo, a manifestação na Líbia e o novo do Radiohead.</div><div style="text-align: justify;">Mais afinal, o que tudo isso tem em comum?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bom, melhor começar pelo Radiohead que lança hoje seu novo clip e coloca à venda seu último disco The Kings Of Limbs. O Radiohead foi a primeira banda a disponibilizar seu álbum In Rainbows no formato "pague quanto quiser". Parece a solução pra vencer a pirataria não funcionou muito bem, e Thom Yorke e sua trupe resolveram voltar ao velho formatão do CD. A banda não quis se pronunciar, mas ao que parece a iniciativa não rendeu sucesso comercial. Parece que nesse caso a democracia de consumo nao vingou. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os ventos democráticos, pelo menos na política, atingiram em cheio a região do Oriente Médio. Depois da derrocada do ditador do Egito, Hosni Mubarak, o efeito dominó da liberdade está se alardeando por lá. Agora temos o caso da Líbia, que parece acordar do pesadelo da ditadura, e começa a protestar contra o governo autoritário de Muamar Gaddafi, que pasmém, está há 42 anos no poder. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mais a luta pela democracia não pára por aí. Aqui no Brasil nesta semana que se passou, foi votado no congresso o atual piso do salário minimo. O governo Dilma ganhou mais uma vez, e tem a maioria no congresso, isso em boa parte, por causa da base governista formada em conjunto com o PMDB. Agora eu pergunto é justo um salário de R$545,00? É democrático e livre ganhar essa miséria? Penso que quem deveria escolher e tomar certas decisões é o povo, e não deputados preocupados em aumentar somente o salário deles. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Chegamos a mais um fim de semana em busca da democracia perdida.</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-34728315316490565442011-02-17T06:51:00.000-08:002011-02-17T07:59:38.263-08:00A evolução dos fanzines<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi8fXjL_8-EcTkWVNE_kj5RhrZfq_woJwFgzTYc0OJ6cvsMW7sFr7Invov_IxX5q1S-ZSrfse4NTSiO36O-J9v5KB_PtJoTtFqipkLBtqhe7UnU7-YNdGCSV7ciSfhu1g7E83h-JW8MLE/s1600/digitalizar0003.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi8fXjL_8-EcTkWVNE_kj5RhrZfq_woJwFgzTYc0OJ6cvsMW7sFr7Invov_IxX5q1S-ZSrfse4NTSiO36O-J9v5KB_PtJoTtFqipkLBtqhe7UnU7-YNdGCSV7ciSfhu1g7E83h-JW8MLE/s320/digitalizar0003.jpg" width="223" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7YK6wpGLo2N9EYN6u35fldXp5sqL-nm9InxxN8DECUJhfl9fsCw9X2rD-FlRaEj3c2l1FeOQO54-2visQzfKbF80ysx71F-jAwySk5-caLBU2ndtmtRDG18GCVVJJSOeh01VdrBo8MFU/s1600/digitalizar0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7YK6wpGLo2N9EYN6u35fldXp5sqL-nm9InxxN8DECUJhfl9fsCw9X2rD-FlRaEj3c2l1FeOQO54-2visQzfKbF80ysx71F-jAwySk5-caLBU2ndtmtRDG18GCVVJJSOeh01VdrBo8MFU/s320/digitalizar0006.jpg" width="223" /></a></div><br />
Desenterrando velhas caixas cheias de badulaques e papéis aparentemente imprestáveis, encontrei algo que me deixou com certa nostalgia cheirando a naftalina. Estavam enterrados na caixa dentro de um envelope bege, os famosos e polêmicos fanzines. Pra quem tem menos de 20 anos, essa palavra praticamente não significa nada.<br />
<br />
Fanzines eram publicações caseiras que continham informações sobre música, HQ, poesia, punk rock e até um pouco de anarquismo. Os primeiros fanzines eram mimeografados e montados com colagens bem toscas, mas bem criativas. Num tempo sem internet, sem celular ou email, os fanzines cumpriam o papel, pra molecada, de poder divulgar suas ideias e principalmente a cultura punk. Lembro-me que tive uma banda de punk indie rock chamada Spots, e como não havia internet, compartilhávamos nossas ideias via carta postal. Portanto os fanzines eram confeccionados, xerocados e enviados pelo correio. Seu preço era módico, custava em média R$2,00, chegando alguns até por via troca com as antigas demo tapes.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Era um tempo difícil, mas com certeza bem mais caloroso que o mundo virtual de hoje. Se for pra citar todos os fanzines da época, isso daria um livro. Os únicos que consegui guardar foram esses dois zines que estavam enterrados na caixa. Um deles é o Magazine, que era produzido pelo pessoal da Ordinary Recordings, gravadora de São Paulo que tinha em seu cast a banda Three Butchers Orquestra. O guitarrista dessa banda de garage rock, Adriano Cintra, faz parte da conceituada banda Cansei de ser Sexy. O Magazine era produzido por Debbie Cassano e divulgava as bandas do selo Ordinary Recordings, além de muita informação sobre a cena underground nacional e internacional. Já o Scream & Yell tinha conteúdo mais abrangente com matérias sobre música, cinema, literatura e artes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_2zm-yaeLg3Au4sqUsjM-pEt1frs69tE-NrGPn7VTwp7jqOhHYIraJ6Nfk9hyphenhyphenjRFQthys92fr_e5ij4ogJgu-VA7IzMJJWexa0PSDTBabwmjyYY3ni_J3NDn_sd3HqlvWiQ4rjvWXX2Q/s1600/digitalizar0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_2zm-yaeLg3Au4sqUsjM-pEt1frs69tE-NrGPn7VTwp7jqOhHYIraJ6Nfk9hyphenhyphenjRFQthys92fr_e5ij4ogJgu-VA7IzMJJWexa0PSDTBabwmjyYY3ni_J3NDn_sd3HqlvWiQ4rjvWXX2Q/s320/digitalizar0005.jpg" width="320" /></a></div><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o passar do tempo e o maior uso da internet no Brasil, os chamados e-zines, tomaram conta do pedaço, e os velhos papeis mimeografados e montadinhos com cola tenaz morreram pra sempre. Nos dias de hoje a juventude nem sabe que existiu tal publicação e se utiliza dos blogs pra escrever sobre seus fãs ou divulgar as bandas dos amigos.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">A internet com certeza facilitou a comunicação e barateou os custos de certa forma, porém naquela época eu sentia uma proximidade mais quente das pessoas. A cena underground não era esse grande ovo virtual que se tornou hoje. Ao mesmo tempo fico contente de saber que o Scream & Yell tem sua página veiculada ao site da MTV. O velho zine que estava enterrado na minha caixa cheia de papeis, hoje goza de uma reputação merecida e pode ser visto por muito mais pessoas. <br />
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<a href="http://www.screamyell.com.br/">http://www.screamyell.com.br/</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-44023051307808803562011-02-17T05:04:00.000-08:002011-02-17T07:59:12.381-08:00Clip novo Foo Fighters<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ebJ2brErERQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<div><div style="text-align: justify;">Este ano de 2011 parece ser o ano das grandes voltas. A banda Foo Fighters, do multi facetado Dave Grohl, está preparando seu novo disco que será lançado em abril. Na noite do último domingo a banda divulgou seu novo clip. O vídeo da música White Limo traz a participação do cara mais feio do mundo, o baixista Lemmy, da banda Motorhead, que aparece dirigindo uma limusine branca. Preparem os ouvidos, porque a pauleira come solta. O riff de guitarra da música lembra bandas de metal da década de 80 como Motorhead e Venom. Grohl já havia gravado um projeto chamado Probot onde fez homenagem ao estilo metal e suas vertentes. O clip é tosco e o mais engraçado é o começo do vídeo, quando um cara liga seu walkman e bota a fita cassete pra rodar. No final todo mundo pega uma carona com o velho Lemmy. </div></div><div><div><div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div></div></div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-24686752344876192282011-02-16T16:26:00.000-08:002011-02-17T07:58:43.084-08:00Soul arrasadora<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhtzVpJNMpOgYzBeL7yY0f5XoQfdLKLmR1BKrjl9bdIn9f9F4F8YyQ0zIMknHMoKPVJHWTc_dnV-rcjG01tcWFpB4L3TrnAShwQqZLzFmUmrNbWXDRPu1gwr7OPHroP872tsVf7GxUZQ/s1600/2471394952_93e1d349b1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhtzVpJNMpOgYzBeL7yY0f5XoQfdLKLmR1BKrjl9bdIn9f9F4F8YyQ0zIMknHMoKPVJHWTc_dnV-rcjG01tcWFpB4L3TrnAShwQqZLzFmUmrNbWXDRPu1gwr7OPHroP872tsVf7GxUZQ/s320/2471394952_93e1d349b1.jpg" width="320" /></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Na semana passada tive contato com a soul music da cantora britânica Adele. Como o estilo mesmo pede, a garota tem voz potente e arrasadora. Não gosto de me permitir a fazer comparações. Num mundo tão vasto de inúmeros artistas talentosos, fica injusto dizer quem é melhor ou pior. Música é uma questão de gosto pessoal, é bem subjetivo. Resumidamente, a boa música seja ela qual for, toca o coração das pessoas de diferentes formas e cada um reage de um jeito. A soul music de Adele me soou muito mais arrasadora do que Amy Winehouse. Por coincidência a cantora estudou artes na mesma escola de Winehouse.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Se você ouvir de primeira, logo vai fazer a comparação com Amy. Porém, Adele é muito mais música do que postura junkie e polêmica. Na primeira audição da música Rolling in the Deep, foi como se eu tivesse levado um murro na cara. Emocionante, melodista, moderna e pop. É assim que avalio Adele. No Brasil a cantora nem é tão famosa. No Google você só encontra ocorrências em inglês sobre a cantora. Seu nome parece de tia velha, mas a menina ainda tem 23 anos e começou sua carreira com apenas 14 anos. Aos 19 anos gravou seu primeiro disco chamado apenas Adele 19. As composições do disco foram escritas por ela. Suas letras falam sobre amor não correspondido e ela mesmo define seu som como "heartbroken soul" ( soul de partir o coração). Talvez seja essa diferença de Amy Winehouse. Ao ouvir Adele, fica evidente o peso emocional das letras e das melodias. As influências da cantora são as divas Etta Jones e Ella Fitzgerald, porém a cantora ousou e gravou a belíssima Lovesong, da banda mais deprê do planeta The Cure, que está longe de ser soul music. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Ela com certeza veio pra preencher meu mp3 de talento e emoção. A música He Won´t Go, gravada no segundo disco Adele 21, tem um arranjo bem chique, desses todos pomposos de soul tipo Marvin Gaye e Curtis Mayfield. A menina é bombástica e veio pra dilacerar os corações de quem gosta de uma boa soul music feita pra ouvir, se emocionar e amar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-21814521659867642612011-02-15T18:51:00.000-08:002011-02-17T07:58:05.458-08:00Bebida Preta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNczRjOMCJlgEgM-Mk_2UtMGhT2iozA6p-Jmklrl-YLkFVHqk1vuO8LfxLuBWJKqCSwNHRRPXPSZU5AyzQcRoZAK2McDL4fHdZsQSxyds3-4jmTUCat_atm3TaE_UlI5hVPRj-yvyeHcQ/s1600/cocacola.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNczRjOMCJlgEgM-Mk_2UtMGhT2iozA6p-Jmklrl-YLkFVHqk1vuO8LfxLuBWJKqCSwNHRRPXPSZU5AyzQcRoZAK2McDL4fHdZsQSxyds3-4jmTUCat_atm3TaE_UlI5hVPRj-yvyeHcQ/s320/cocacola.jpg" width="256" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Com esse calor de rachar a cabeça, dá até pra fritar um ovo no asfalto. A única maneira de se refrescar é tomando uma boa coca-cola gelada. Na verdade porque somos tão fascinados por essa bebida preta gasosa? Não poderíamos nos hidratar de forma mais saudável e barata tomando apenas água? A Coca tem aquele gostinho irresistível e bem singular. Mas afinal de que é feita a Coca-Cola? Qual é sua formula tão secretamente guardada a sete chaves? Apenas dois funcionários do banco de Atlanta tem acesso a fórmula. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Porém no dia de ontem, 15 de fevereiro, os produtores do programa de rádio This American Life publicaram a fórmula em seu site. Segundo eles a receita saiu no Atlanta Journal Constitution, que em 1979, publicou um artigo sobre a história da bebida preta mais famosa do mundo. Tentei entrar no site do programa esta tarde e não consegui. </span>O historiador Mark Pendergrast diz que a suposta fórmula deve ser verdadeira. </div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O homem que inventou a Coca-Cola, John Stith Pemberton, em 1885, era farmacêutico e quando voltou da Guerra Civil americana estava viciado em morfina. Como forma de conter o vicio, Pemberton inventou um bebida alcoólica chamada Pemberton's French Wine Coca, que devido a pressões teve que tirar o álcool, mantendo somente a coca em sua receita. A receita foi passada à mão por um amigo do farmacêutico e estava escrita em um livro de produtos medicinais que foi herdado de geração em geração. Gostaria muito de fazer parte da "familia coca", pois só no Brasil o refrigerante faturou, em 2010, cerca R$17,7 bilhões.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"></span>Pensei em algum dia quando estiver bem duro de grana e curioso, tentar produzir o xaropão preto. Pra quem quiser tentar, basta misturar os ingredientes abaixo. Só espero que isso não vire febre, se não vai ter gente produzindo Coca-Cola pirata por aí.</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">A receita:</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Extracto líquido de folha de coca: 11,07 mililitros (mL)</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Ácido cítrico: 90 mL</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Cafeína: 30mL</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Açúcar: 30 (medida desconhecida)</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Água: 9,46 L </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Sumo de lima: 0,946 L</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Baunilha: 28,35 gramas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Caramelo: 42,525 gramas (a quantidade pode ser maior para dar cor)</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O sabor secreto 7X (usa-se 60mL do sabor 7X por 18,927L de xarope)</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Álcool: 240 mL</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Óleo de laranja: 20 gotas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Óleo de limão: 30 gotas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Óleo de noz-moscada: 10 gotas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Coentros: 5 gotas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Néroli (extracto de flor de um citrino "parente" da laranja): 10 gotas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Canela: 10 gotas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7fw3lH725pJ6MLstesPMIZWHo4fNMBjZSbR3Yqzo8XHIoxcLb-sYP7RT5xeiQ5OoWkdThTyqEmcV59KPGWIzs9Ybe43nSmQyNq9KHT0-NGCrR7tZHRUFN7FP-lYCE_O4FfFvp3SxNtro/s1600/5436629511_4f306f72d2-300x237.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7fw3lH725pJ6MLstesPMIZWHo4fNMBjZSbR3Yqzo8XHIoxcLb-sYP7RT5xeiQ5OoWkdThTyqEmcV59KPGWIzs9Ybe43nSmQyNq9KHT0-NGCrR7tZHRUFN7FP-lYCE_O4FfFvp3SxNtro/s1600/5436629511_4f306f72d2-300x237.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-77948315711515067532011-02-15T06:21:00.000-08:002011-02-17T07:57:02.005-08:00Despedida de Ronaldo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCuhVPuqaW4cMWB6h8bSsSAiDrGEnZwIy_ENEbUauuGWdhj88q8EJCPNyyAqMuY_FUZycv0CGYuV5jgAgPzIB7n3WE2W91dXKOYDfkHwx_XRWy335AxPOl_tkhZJmkRSZuBIC_g-AXvxE/s1600/41477-400x600-1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCuhVPuqaW4cMWB6h8bSsSAiDrGEnZwIy_ENEbUauuGWdhj88q8EJCPNyyAqMuY_FUZycv0CGYuV5jgAgPzIB7n3WE2W91dXKOYDfkHwx_XRWy335AxPOl_tkhZJmkRSZuBIC_g-AXvxE/s320/41477-400x600-1.jpeg" width="213" /></a></div><div style="text-align: justify;">Segunda-feira, dia 14 de fevereiro de 2011. Esse dia vai ficar guardado na memória de todos os brasileiros. Entra pra história uma data triste para o futebol e para a apaixonada torcida brasileira e corinthiana. Seja você torcedor corinthiano ou não, isso não vem ao caso. Ronaldo simplesmente foi uma grande supernova, uma estrela assim como o Sol, que iluminou o futebol desde 1993, quando apareceu franzino no Cruzeiro, época que ainda ganhava um mísero salário mínimo. O futebol além de ser um esporte, também pode ser considerado uma arte que através de artistas como Fenômeno e suas jogadas magistrais, pintaram o quadro de uma carreira futebolística extremamente colorida. Como disse Cléber Machado, ontem no Jornal da Globo, não existe profissão que não receba críticas, ainda mais se tratando de futebol, que é a paixão nacional brasileira.<br />
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Ontem em sua entrevista ficou claro que Ronaldo saiu magoado, não com o povo brasileiro, mas sim com a imprensa que busca polêmica e sensacionalismo. Ficou marcado para mim o tratamento dado à Ronaldo pelo jornalista Datena, que ao vivo fez críticas indispensáveis ao astro da bola. É claro que futebol é instante, é momento e acima de tudo resultado. O que temos que levar em conta é o resgate da memória de todos os grandes resultados que Ronaldo obteve pra a torcida brasileira.<br />
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</div><div style="text-align: justify;"> O apelido do astro resume tudo o que ele representou para o futebol. Fenômeno, que na acepção da palavra, quer dizer pessoa ou coisa que tem algo de anormal ou extraordinário. Sem dúvida o futebol que ele apresentou enquanto estava em forma foi extraordinário o bastante pra detonar qualquer crítica e ainda garantir o último título mundial a seleção brasileira. Isso é o que o Datena tem que discutir em seu programa, e nao ter chiliques de cíúmes da concorrente.</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-56495338531443961962011-02-11T09:43:00.000-08:002011-02-17T07:56:27.130-08:00A volta da banda que mudou o rock<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj66dGecoTypLIdwumfQNQvdZngtG_FF5PosV7aihJT6rPZEhgdibf2Xu_MH-xO-d2jKF-GOP8Yt9tOZ91j-nU2HLTbPq-pCZBeEbfIOYFtpu31J_eWELzdizbdrf_2eBiqiJsWaek-GgY/s1600/TheStrokes_ANGLES_cover5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj66dGecoTypLIdwumfQNQvdZngtG_FF5PosV7aihJT6rPZEhgdibf2Xu_MH-xO-d2jKF-GOP8Yt9tOZ91j-nU2HLTbPq-pCZBeEbfIOYFtpu31J_eWELzdizbdrf_2eBiqiJsWaek-GgY/s200/TheStrokes_ANGLES_cover5.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Passaram-se seis anos do lançamento de The First Impressions of Earth, disco da banda nova iorquina Strokes. Após todo esse hiato, os integrantes desenvolveram trabalhos solos como Julian Casablancas, que em 2009 lançou o disco Phrazes For The Young<span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif;"> ,</span></span>e o brasileiro Fabrizio Moretti, que junto com o hermano Rodrigo Amarante fundaram o Little Joy. Com o lançamento de Is This It, disco de 2001, os Strokes praticamente mudaram a cara do rock. Com influências que beiravam Rolling Stones, Stooges, Television e outros, a banda cativou um público que vem crescendo a cada ano.<br />
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O lançamento do novo disco Angles está gerando uma expectativa exacerbada dos fãs, que estão carentes dos caracteristicos riffs criativos da banda. A novidade em si é que o Strokes disponibilizou o download da música Under Cover of Darkness em seu site. Dá pra baixar a música hoje até às 23hs, depois disso a música estará à venda no ITunes. Rumores perseguem a banda, e há vários boatos de que o vocalista gravou as músicas do novo album em separado dos outros integrantes. Eu não ligo pra rumores e nem boatos, e aliás essas histórias apimentam ainda mais o lançamento do disco.<br />
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A música Under Cover of Darkness traz um começo a lá Strokes com guitarras gritando em volume bem alto. Já a voz de Casablancas está bem diferente e tímida. Prefiro conferir o álbum inteiro que chega as lojas dia 21 de março. Acredito que será o velho Strokes de sempre, sem muitas novidades. Acredito até que eles já contribuíram e muito pra a criatividade da cena rocker no mundo.<br />
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Nesse site dá pra ouvir a canção toda sem ter que baixar:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/70702">http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/70702</a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Se quiser baixar a música entre no site oficial da banda:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://www.thestrokes.com/home">http://www.thestrokes.com/home</a></div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-82149787545550938772011-02-11T08:50:00.000-08:002011-02-17T07:55:50.544-08:00Democracia tecnológica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUUddEi6D5LA1BY4Fe7MIJt-BXzsXL6dUZtcnCVh5kpyycTbtrwpbJPBmA8wLp8WPb0y27jt2s_JE5hmd8JUtlHgRrvEXgy6BIGdJ3m0WoXxNNtlTf0NkZuxoHebmns_G2R_DdTJn8mQk/s1600/11042264.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUUddEi6D5LA1BY4Fe7MIJt-BXzsXL6dUZtcnCVh5kpyycTbtrwpbJPBmA8wLp8WPb0y27jt2s_JE5hmd8JUtlHgRrvEXgy6BIGdJ3m0WoXxNNtlTf0NkZuxoHebmns_G2R_DdTJn8mQk/s320/11042264.jpeg" width="320" /></a></div>Depois de 30 anos no poder, o ditador Hosni Mubarak renunciou ao cargo de presidente. Enfim foi feita a vontade do povo egipicio, que sofria com a corrupção e a falta de empregos no Egito. Pela primeira vez tal revolução foi organizada através das redes sociais como Facebook e Twitter. O que dá pra concluir hoje com tudo isso, é que o povo quando quer consegue, e ainda tem o aparato da internet com a propagação da informação. Mesmo com o governo cortando o acesso à internet e aos celulares, o povo continuou lutando.<br />
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Na verdade depois que tudo foi deflagrado com motins organizados no Twitter, a revolução já estava na rua. A revolução sobretudo não é só no Egito, mas no mundo que pode conferir e participar disso tudo via internet.<br />
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Estou conferindo a festa ao vivo no canal da BBC News. O vice Presidente Sulleiman assume o cargo até setembro, quando serão realizadas novas eleições. A democracia parece querer varrer o Oriente Médio. Espero bons ventos democráticos para os árabes.<br />
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Site BBC News:<br />
<a href="http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12307698">http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12307698</a>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-810470683288721182011-02-11T08:11:00.000-08:002011-02-17T07:55:14.065-08:00Assinatura do Jornal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqCSCnOVht5p67ZldSbDbEVM336NMhNaX3RKDAwoGEEZAT74Zh4uzlIqgvt1eqpLGEi6Bxhyphenhyphen6SExtUshtSrxRcu-yDHRhB8i5VAp_lYTLxQGhYwMl_Lih7MTB7Avr3ZpBaxCBFAj9lpCY/s1600/iPad-in-lap-New-York-Times-homepage-580x304+%25281%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqCSCnOVht5p67ZldSbDbEVM336NMhNaX3RKDAwoGEEZAT74Zh4uzlIqgvt1eqpLGEi6Bxhyphenhyphen6SExtUshtSrxRcu-yDHRhB8i5VAp_lYTLxQGhYwMl_Lih7MTB7Avr3ZpBaxCBFAj9lpCY/s320/iPad-in-lap-New-York-Times-homepage-580x304+%25281%2529.png" width="320" /></a></div>Se tem uma tarefa no dia que adoro é ler o jornal. Gosto de ficar atento aos acontecimentos e ler sobretudo as colunas e opiniões de bons jornalistas. Alias é uma tarefa definitivamente necessária pra mim, que pretendo exercer o jornalismo logo em breve. Pois bem. Ontem devido a falta de dinheiro e problemas financeiros (pra variar), fui obrigado a cortar umas despesas, e dentre elas a assinatura do jornal que assino.<br />
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Vou dizer aqui o nome, porque ninguém lê esse blog mesmo. Assino há quase um ano o jornal Folha de São Paulo. Considero uns dos melhores jornais do Brasil, e adorei o novo visual e a proposta de figurar como um jornal mais opinativo. Ontem liguei no 0800 do jornal pra cancelar a assinatura. Juro que tentei por vezes convencer a vendedora, mas não consegui tal proeza.<br />
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A insistência dela foi tão grande, que ganhei dois meses grátis e um descontão de 50% nas outras mensalidades. Confirmei com isso a situação precária que vive o jornalismo impresso no Brasil. Eu ainda ganhei a possibilidade de acessar o Folha Digital nos restante dos dias da semana, sendo que fechei o recebimento do jornal somente no fim de semana. Não sei como será o futuro. Hoje vivemos em uma democracia de opiniões na internet, onde todos se sentem um pouco jornalistas. Pra que então receber um jornal impresso em casa. Isso já está virando coisa de romântico ou costume de quem tem mais 50 anos.</div><div><div><div style="text-align: justify;">Seria o fim do jornal de papel?</div></div></div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-34283552163545791162011-02-11T07:40:00.000-08:002011-02-17T07:54:34.336-08:00Bravura Indômita<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkiM98lAiPVI3mzC91z3L06GiebhWYBwqHzCL8ByeOl6jGcw8gdcbCt4J6a7jqnMCYG1JPye23QsVDJXxRXTvWEqTy7Lw3UH-aP3myG0LY2nHceoRQPbWqrzwfxrr-kMQcxCVqC_6t-oE/s1600/1928.12.09-carros-politicamente-incorreto2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkiM98lAiPVI3mzC91z3L06GiebhWYBwqHzCL8ByeOl6jGcw8gdcbCt4J6a7jqnMCYG1JPye23QsVDJXxRXTvWEqTy7Lw3UH-aP3myG0LY2nHceoRQPbWqrzwfxrr-kMQcxCVqC_6t-oE/s320/1928.12.09-carros-politicamente-incorreto2.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">O filme Bravura Indômita, nova produção dos irmãos Cohen, estreou dia 21 de janeiro nos cinemas brasileiros. A película estreia hoje no renomado Festival de Berlim e também tem 10 indicações ao Oscar, inclusive a de melhor filme. Desde 22 de dezembro, data que foi lançado nos EUA, o filme arrecadou simplesmente U$$150 milhões.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">A história é um repeteco da sérieliterária TrueGrit, que foi escrita em 1968 por Charles Portis. A série migrou para o cinema e fez com que John Wayne, astro dos filmes de western, ganhasse seu único Oscar, interpretando o personagem US Marshall. Agora a história é ressuscitada nas mãos dos irmãos Cohen, que já realizaram filmes super criativos e no mínimo curiosos como O Grande Lebowski, O Homem que não estava lá, Matadores de Velhinhas, entre outros.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">O último filme que assisti da dupla foi Queime depois de ler, estrelado por George Clooney. A dupla de diretores sempre capricha com roteiros inusitados, que aliás é o forte dos diretores. Em Queime depois de Ler, a história dá tantas voltas, que você começa até a rir da forma como o roteiro se desenvolve.</div><div style="text-align: justify;">Nesse Bravura Indômita, os críticos já estão dizendo que a história é um pouco convencional, o que foge dos moldes Cohen de filmar. Já estou baixando o blockbuster desde ontem e estou curioso pra conferir se a dupla vai cumprir com sua principal característica. Aliás alguém sabe me dizer o que significa Indômita?</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-8330837118479358242011-02-11T07:17:00.000-08:002011-02-17T07:53:22.227-08:00Inteirados na ativa<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fiquei um pouco sumido daqui. Há um bom tempo que não escrevo nada nesse espaço, e já é mais que na hora de voltar à ativa. O blog este ano vai ser recheado de notícias mais opinativas, portanto a intenção, a partir de hoje, é gerar reflexão. Juro que ficou aturdido de tanta informação. Sinto-me imerso em um caldeirão de informações infinitas, portanto o que procuro aqui é somente organizar tudo isso, ou parte disso, e selecionar um pouco de entretenimento e reflexão. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal">Prometo cumprir com a função do significado da palavra inteirar que é informar e gerar sabedoria. Espero dar conta. Ajudem-me.</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-41102698298473133202010-09-10T08:51:00.000-07:002011-02-11T07:06:22.706-08:00Rock étereo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt05Rdmv0TtVN6CpLsGTUbzx1DlGXXRzDIAz3L2hdx3D47MbFefXgXtMHzK73Eu5xZfn9vPCuSCkcOswqzwZ_MJxjGdQGVutOH4HbAMWdSvObiMIzXPeHsu2NBoKveIxEnpPgAdF2c2Uc/s1600/Radio-Dept..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt05Rdmv0TtVN6CpLsGTUbzx1DlGXXRzDIAz3L2hdx3D47MbFefXgXtMHzK73Eu5xZfn9vPCuSCkcOswqzwZ_MJxjGdQGVutOH4HbAMWdSvObiMIzXPeHsu2NBoKveIxEnpPgAdF2c2Uc/s320/Radio-Dept..jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">A banda de indie pop The Radio Dept desperta a aura musical sombria e etérea dos anos 80. O The Radio Dept foi formado a princípio por Elin Almered e Johan Duncanson. Ambos são suecos da cidade de Lund e se conheceram em 1995 na escola. Porém houve um hiato de três anos, e em 1998 os dois se reencontraram acrescentando à formação da banda Lisa Carlberg no baixo, Per Blomgren na bateria e Tjäder Daniel nos teclados. O som do The Radio Dept é comparado a sonoridade de bandas como My Bloody Valentine, New Order e Cocteau Twins. <span lang="EN-US">Porém a banda admite ter como influências Charles Aznavour, Saint Etienne, Frank Sinatra, Joy Division, Pet Shop Boys, Chet Baker, Nick Drake, Kraftwerk. </span>A pulsação das músicas é vibrante e calculada se valendo das batidas eletrônicas simples, porém hipnotizantes. O quarteto já gravou três discos ao longo da carreira. Em 2003, lançou <i>Lesser Matters</i>, que inclusive cedeu três músicas para o filme de Sofia Coppola, Maria Antonietta. O segundo disco <i>Pet Grief </i>é mais maduro e marcou a saída do baterista e da baixista. Esse album é mais requintado nas texturas e melodias, mas mesmo assim consegue manter seu espírito lo-fi e nebuloso. Já o terceiro e último disco <i>Clinging to a Scheme</i> mostra que a banda se desvencilhou dos anos 80, tomando pra si características próprias. </span><br />
<div><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"> O The Radio Dept é o tipo de banda que não se pode rotular. Suas melodias, texturas de teclado e principalmente a camada de guitarras que utilizam lembram por muitas vezes a banda My Bloody Valentine. Pra quem gosta de ouvir um som melancólico, simples e etéreo fica aqui a pedida.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div></div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=db2HE7nAR-Y"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">http://www.youtube.com/watch?v=db2HE7nAR-Y</span></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8344272184579665881.post-80959493975703276522010-08-30T09:02:00.000-07:002010-09-10T09:09:14.248-07:00Gentileza<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9O9e-brMvAATLcIXnd-2t-r0joFVBA1kAvV3oy5EV0ZHDL6d5q_HgyH7FQPJco_CZugWy5b1IMOOq2ActoK7op2PsYSqzhOCXBCkuNlIy7Sd1ZQWFxwjjr2hgMOe-XEo_1RJlxZ2OPA/s1600/gentileza.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9O9e-brMvAATLcIXnd-2t-r0joFVBA1kAvV3oy5EV0ZHDL6d5q_HgyH7FQPJco_CZugWy5b1IMOOq2ActoK7op2PsYSqzhOCXBCkuNlIy7Sd1ZQWFxwjjr2hgMOe-XEo_1RJlxZ2OPA/s320/gentileza.JPG" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Segundo o dicionário Michaelis, ou mesmo Aurélio, a palavra gentileza significa qualidade ou carácter de ser gentil, ou ainda, ação nobre, ilustre e distinta. É um dos atributos mais difíceis de encontrar no ser humano moderno. O dicionário ainda cita que gentileza também quer dizer cortesia e elegância. Gentileza é uma qualidade do espírito refinado pela boa educação, principalmente aquela que vem de casa passada pelos nossos pais. Ser gentil vem do movimento interior, o olhar pra dentro de nós para que tenhamos predisposição para o bem, para o ato solidário e a liberdade em formar nosso próprio caráter sem pressões sociais, livres de qualquer tipo de preconceito. Nos dias infernais que vivemos hoje, de pressões de tudo que é lado, parece inconcebível termos a palavra gentileza grudada em nossa HD interna. O “arquivo” gentileza se corrompeu ficando frágil a ação de qualquer tipo de vírus externo. Transformamos nossas vidas em função unicamente do trabalho e da sempre desculpa na ponta da língua: Nunca temos tempo pra nada. Pense em quantos gestos de solidariedade que você deixou de dar por estar com pressa. Hoje mesmo andando pelo centro da cidade atravessei a rua e observei um senhor empurrando seu Fusca velhinho. Sem pensar me dispus a correr e ajudá-lo a empurrar o carro. Gestos pequenos e sinceros como esse nos fazem exercitar nossa gentileza e o espírito de representar o bem deixando-nos em paz. O pensar no próximo nos faz refletir que o mundo não gira em torno de nossas cabeças.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaFF_T-3LJDmMtYARo8ZKbqY4V4Hx2WG1MzaoeJylTjExw5nYyI8NeZ1Uq6KotQ0DK6RUtZHVtY-n7NUDaKT57wBEX_62Op-_2rlQqr-U6rGKEzKZyM1p6fc0PcZVnJgijP-sxli86Uu4/s1600/jose-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaFF_T-3LJDmMtYARo8ZKbqY4V4Hx2WG1MzaoeJylTjExw5nYyI8NeZ1Uq6KotQ0DK6RUtZHVtY-n7NUDaKT57wBEX_62Op-_2rlQqr-U6rGKEzKZyM1p6fc0PcZVnJgijP-sxli86Uu4/s320/jose-01.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Profeta Gentileza exibindo um de seus paineis</td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="font-family: inherit;">Ao escrever esse post lembrei-me do famoso Profeta Gentileza que foi uma figura lendária e um personagem que marcou época nas ruas de Niterói com seu comportamento excêntrico e profético. Nascido em Cafelândia (para os amantes do café deve a cidade perfeita), José Dautrino teve uma infância ditada por muito trabalho. Dautrino ajudava sua família com o trato dos animais e vendia lenha nas proximidades de sua casa. Desde pequeno o menino apresentava um comportamento bem atípico. Aos doze anos começou a ter premonições sobre seu futuro e sua missão na Terra. Tal comportamento causou preocupações aos seus pais que imaginaram que o filho sofria de algum tipo de demência. Aos vinte anos, José Dautrino constituiu família e prosperou no negócio de transportadora de cargas. Porém um fato curioso mudou totalmente sua vida e sua relação com o mundo. No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio que destruiu o “Gran Circus Norte-Americano“, o que foi considerado um dos maiores incêndios circenses da história, matando cerca de 500 pessoas, dentre as vítimas muitas crianças. Seis dias após os acontecimentos, José Dautrino disse ter ouvido “vozes astrais” que o mandavam abandonar de vez o mundo material e se dedicar então ao mundo espiritual. Dautrino pegou um de seus caminhões e rumou para o local onde ocorrera a tragédia, estabelecendo ali sua morada. Com palavras de bondade consolou os familiares das vitimas e daquele dia em diante passou a se auto denominar “José Agradecido” ou “Profeta Gentileza”. Após quatro anos, isso nos anos 70, o Profeta Gentileza deixou o local e saiu pregando suas palavras de bondade, respeito e amor ao próximo. Nos anos 80, Gentileza escolheu 56 pilastras na cidade do Rio, e inscreveu em verde-amarelo palavras com criticas alusivas ao mal estar da civilização. Uma de suas inscrições dizia: - “Gentileza Gera Gentileza”. No dia 29 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu em sua cidade e está enterrado no Cemitério “Saudades”. Em 2000, a prefeitura do Rio de Janeiro ajudou a restaurar suas obras que foram danificadas por atos de vandalismo e a ação do tempo. O projeto foi denominado Rio com Gentileza e em maio de 2000 concretizou a restauração das obras que se tornaram patrimônio público da cidade do Rio. O professor Leonardo Guelman da Universidade Federal Fluminense lançou em 2000 o livro Brasil: Tempo de Gentileza, que introduz o leitor ao universo desse excêntrico ser humano, explicando sua trajetória. O livro é ricamente ilustrado com seus 56 paineis e fotos do profeta e seus penduricalhos. A cantora e compositora Marisa Monte prestou uma homenagem ao profeta com a música intitulada "Gentileza", que está no disco "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" lançado em 2000. José Dautrino foi o tipo de personalidade que aos nossos olhos desatentos parecem inexplicáveis quando vivos, e quando morrem é que passamos a entendê-los. Personagens como ele vivem à margem da sociedade e enxergam o que não percebemos mais. Aos que o chamavam de doido, certa vez ele lhes disse: -“Sou maluco para te amar e louco para te salvar“. Assim dizia o profeta.</div><div style="font-family: inherit;"><br />
</div><div style="font-family: inherit;">Confira o clip da música "Gentileza" no Youtube:</div><br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=VKnVAZHehV0">http://www.youtube.com/watch?v=VKnVAZHehV0</a><br />
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<br />
</div><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Horacinhohttp://www.blogger.com/profile/10438175303387585101noreply@blogger.com0