Modalidade
ganha cada vez mais adeptos que querem fugir do stress do dia a dia
Por
Horácio Busolin Júnior
Mesmo em meio à cana é possível encontrar áreas preservadas na região rural de Araras Créditos: Horácio Busolin Júnior |
“Bom dia, Grupo Café com Pedal, vamos acordar, levantar e pedalar. E para quem chegou agora nem vá dormir. Tome um banho, pegue a bike e vamos passear” – Mensagem enviada por João Luis Mendes, coordenador do Grupo de cicloturistas Café com Pedal de Araras.
O
sol ainda nem nasceu. São 5h20 da manhã do domingo dia 21 de abril, Dia de
Tiradentes e o grupo de cicloturistas de Araras Café com Pedal já se prepara
pra mais uma jornada de emoção, aventura e adrenalina. O grupo conta com 100
ciclistas registrados e foi criado por João Luis Mendes, bancário e ciclista
inveterado, que se apaixonou pela bicicleta há oito anos.
Criado
em 2011, o grupo vem ganhado novos adeptos, sejam eles ciclistas amadores ou
profissionais. O nome Café com Pedal surgiu por conta de que antes de saírem
para viajar, todos se reúnem para um café reforçado na casa de João Luis.
Aos
poucos, perto das 7h da manhã, os ciclistas turistas vão chegando e se
concentram defronte a casa dele para mais uma cicloviagem.
“Nos
reunimos aos finais de semana e feriados, para tomar um café da manhã e depois
pedalar. Também as terças, quartas e quintas-feiras, os mais experientes
realizam o Pedal Noturno, ocasião em que dão dicas de acondicionamento físico
aos novos adeptos para poderem enfrentar viagens mais longas”, explica João.
Os
integrantes do grupo não se consideram esportistas e sim pedalam por simples
prazer, buscando a paz de espírito e tranqüilidade. “Pedalar para mim é uma
forma de tirar o stress do dia a dia. Nosso pedal não foca a competição e sim
fazer passeios para conhecer as áreas rurais, onde tenho temos contato com a
natureza e paisagens, aprendendo a respeitá-la em todas as viagens que
fazemos”, relata.
O
cicloturismo é uma modalidade de turismo diferenciada e envolve a mistura de
esporte, lazer e saúde. A prática ganhou
força nos anos 70 na Califórnia quando Gary Fisher e Tom Ritchey, líderes de um
grupo de hippies, decidiram utilizar suas bicicletas velhas para apreciar a
bela vista da Baía de São Francisco na Califórnia subindo as montanhas de Marin
Country e depois descê-las em alta velocidade.
Atualmente
a prática populariza-se e ganha novos adeptos. A Alemanha, país onde a
bicicleta é um dos meios de transporte mais utilizado, possui cerca de 21
milhões de cicloturistas que movimentam R$5 milhões de euros na economia alemã.
No Brasil a modalidade ainda engatina e começa a se organizar. O grupo “Clube
do Cicloturismo do Brasil”, é o mais representativo e expressivo e conta
atualmente com 17 mil associados.
O
cicloturismo não pode ser considerado só como um esporte, até porque não
envolve competição. Na verdade, é uma modalidade de turismo que engloba outras
cinco: o ecoturismo, o turismo rural, o turismo de aventura, o turismo cultural
e o gastronômico.
Os
trajetos realizados pelo grupo são os mais diversos. Duas vezes por mês eles
realizam viagens longas para locais como Andradas, Águas de Lindóia, Águas da
Prata e Serra da Canastra. Nos demais finais de semana, o grupo também faz
passeios de estradas rurais, visitando fazendas históricas, cachoeiras e
riachos da região rural de Araras.
“As
áreas rurais de Araras proporcionam um passeio onde o ciclista pode ter contato
a história da cidade e o ecoturismo. Por entre estradas de terra sinuosas cheias
de obstáculos e muita cana, o ciclista ainda pode ter contato com áreas
preservadas e belezas naturais aonde com carro não se chega”, recomenda.
Aventura e companheirismo na travessia do
Córrego Água Branca -
Créditos: Horácio Busolin Júnior |
Terra, adrenalina e companheirismo
O
passeio realizado no domingo dia 21 de abril reuniu cerca de 40 integrantes do
grupo. Ao longo do caminho, eles também encontraram mais cinco cicloturistas
que seguiram junto no caminho traçado por João Luis. Os ciclistas saíram de sua
casa por volta das 8h e percorreram cerca de 30 km de caminhos de terra, por
vezes de chão batido ou mesmo de areia bem fina.
“É
preciso se atentar aos declives com caminhos de terra e pedra. Desviar dos
pedregulhos vai evitar que se fure um pneu, fazendo com que o ciclista perca o
controle da bicicleta. Já nos caminhos com areia, é recomendado passar
pedalando bastante utilizando as marchas mais leves”, explica Marco Antônio
Marçola, empresário e integrante do grupo.
Apesar das subidas longas e
íngremes, o caminho traz paisagens históricas que revelam um pouco da história
da região. O primeiro ponto histórico visitado foi a Igreja Nossa Senhora da
Piedade, a primeira capela fundada no bairro Elihu Root, que se formou no
início do século XX, no entorno da estação de mesmo nome.
Em caminhos que revelam ao mesmo tempo a
história e também o abandono da memória histórica, o grupo chega, enfim, na antiga
estação de trem Elhiu Root, inaugurada inicialmente com nome de Guabiroba.
Em
1906, o local recebeu o nome do Secretário de Estado norte-americano, o
advogado Elihu Root (1845-1937), que, depois de presidir a Conferência
Pan-Americana no Rio de Janeiro, veio à estação para lá descer e visitar a
fazenda de café Santa Cruz.
A estação foi desativada em 1977
quando se deu o fim do transporte de passageiros no trecho. Desde então segue
abandonada. O bairro ao lado segue existindo, pequeno, mas com algumas casas e
comércio. Os trilhos foram retirados no final de outubro de 1998. Mesmo assim,
o ponto é visitado por turistas que passam pelo local que representa um pedaço
da história do município.
Casarão abandonado onde funcionava a antiga Estação Ferroviária Elhiu Root em Araras - Créditos: Horácio Busolin Júnior |
Após conhecer as histórias das
ferrovias de perto, os ciclistas enfrentam os primeiros obstáculos do percurso.
Saindo das estradas de terra demarcadas, o grupo adentra em um trecho com mata,
onde passam por uma trilha com bambu. “Nesse trecho é impossível passar com a
bike. Por isso os monitores ficam do outro lado pegando primeiro as bicicletas
por baixo dos bambus e auxiliando os ciclistas a passar pelo obstáculo”,
explica João Luis.
Logo à frente, os ciclistas
encontram um novo desafio. Desta vez, fazer a travessia do Córrego Água Branca
que passa dentro já da Fazenda Araras. O pequeno córrego recebe águas do
Córrego Membeca, do Ribeirão Caçununga, do Córrego Santa Cruz até desembocar no
Rio Mogi Guaçú.
De
bike em bike, João Luis, com a ajuda de sua esposa Vanderlene Longo Mendes,
auxiliam os cicloturistas a atravessar o riacho. “Nas cicloviagens todos
colaboram uns com os outros. Quando um ciclista sente dificuldades em subidas,
há sempre um monitor disposto a ajudar a empurrar o colega”, conta Vanderlene.
Nesse momento é que a prática do
cicloturismo mais se aproxima com o ecoturismo. Nota-se ao longo do percurso a
preocupação dos ciclistas em preservar os locais por onde passam. “Nas viagens
costumo levar sempre uma sacola para recolher o lixo encontrado durante o
caminho. Nunca jogamos lixo por onde passamos e respeitamos a natureza”, relata
o cicloturista Tiago Santin.
Depois de colocar o pé na água e
tomar um banho no riacho, uma das bicicletas tem sua corrente arrebentada. Ao
invés de seguir, todo o grupo espera, até que o também técnico João Luis arrume
a corrente. “Sempre levamos correntes extras, câmeras de ar e pneus
sobressalentes, além de ferramentas. Imprevistos como esse sempre acontecem. O
importante é que o ciclista uma vez por mês leve a bike para revisão, para
evitar transtornos durante a viagem”, alerta.
Jequitibá centenário, que fica dentro da Fazenda
Santa Cruz, é um dos pontos de ecoturismo visitados Crédito: Horácio Busolin Júnior |
Em momento de confraternização
direta com a natureza e ecoturismo, o grupo chega ao tão esperado jequitibá
centenário, onde tiram fotos e contemplam a majestosa árvore de quase 10 metros
de altura. A árvore é um
jequitibá rosa que fica dentro da reserva florestal da Fazenda Santa Cruz,
incrustada próximo ao canavial.
Segundo o biólogo Alberto Dalla Costa, o Cariniana legalis (nome científico) é
considerada a espécie mais antiga do mundo. “Esse jequitibá da Fazenda Santa
Cruz deve ter entre 70 e 100 anos. Essas árvores podem chegar a 300 anos. Em
Santa Rita do Passa Quatro, no Parque Estadual de Vassununga, há um jequitibá
de 40 metros, que segundo estudos de especialistas, data dos 3000 anos. O nome
jequitibá vem do tupi guarani que quer dizer “Gigante da Floresta”, explica o
biólogo.
Perto das 12h30, chegando até a
Fazenda Araras, os ciclistas passam pela porteira param, respiram e apreciam a
paisagem das plantações do descampado. O grupo passa pela fazenda e a partir
dali se dispersa. Alguns seguem para a estrada rural que liga Araras até o bairro
Cascata. Outros seguem até a Fazenda Matão, tirar mais fotos e apreciar as
belezas do local.
Represa próxima à Fazenda Araras - Créditos: Horácio Busolin Júnior |
Ultrapassando limites com qualidade
de vida
“Comecei a andar de bicicleta no
asfalto, muito por indicação do médico. Acabava de sair de uma cirurgia no joelho
e precisava me recuperar. A prática me ajudou muito e ,além disso, pude
conhecer lugares inesquecíveis estando perto da natureza como o Caminho da Fé,
percurso entre Tambaú e Aparecida do Norte”, confessa José Gilberto Salomé.
O vendedor José Gilberto Salomé é um
dos cicloturistas que usou a prática para benefício do corpo e da mente. Junto
como o grupo Café com Pedal, desde o começo, o cicloturista além de viajar aos
fins de semana, também treina com os iniciantes nos dias de semana. Ele começou
a pedalar aos poucos e já chegou a realizar viagens mais longas. Uma delas: o
Caminho da Fé – trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de
Santiago de Compostela.
O
médico endocronologista Henrique Cesar Lopes, membro da equipe, vê a atividade
como forma de relaxar e confraternizar com os amigos. Antes praticante de
triátlon e corridas de ciclismo de rua, o médico disse que a atividade pode
tirar as pessoas da depressão, trazendo-as novamente ao círculo social.
“O
ciclismo entrou na minha vida como alternativa de qualidade de vida. Mostro
isso aos meus pacientes, que o cicloturismo proporciona melhoras na atividade
física muscular e cardíaca, tendo por conseqüência diminuição do peso. No
aspecto mental, há liberação do hormônio endorfina, que causa bem estar e
tranqüilidade”, explica o médico.
Quando
o grupo começou, os ciclistas só realizavam caminhos na região de Araras. Com o
tempo João Luis Mendes relata que o melhor condicionamento físico adquirido com
treinamento fez com que eles almejassem trajetos mais longos de 60 a 400 km
como é o caso do Caminho da Fé. “Nesta ocasião, pra menor desgaste, fazemos o
passeio noturno na zona rural, é claro que utilizando faróis nas bikes”,
explica.
Mesmo assim, quando as cidades
visitadas são distantes, o grupo vai de ônibus até um ponto localizado perto da
rota a ser percorrida. “No dia 14 de abril, fomos até Águas de Lindóia. Paramos
com o ônibus em um restaurante, tomamos um café da manhã e seguimos de bike até
Monte Sião voltando ao mesmo local, percorrendo de 35 km”, recorda João Luis.
Outro
roteiro realizado pelos integrantes é a viagem de São Paulo a Santos, realizada
por meio da Rota Cicloturística Márcia Prado. Márcia Prado foi uma ciclista que
morreu em um acidente na Avenida Paulista envolvendo um ônibus. A rota foi
batizada com seu nome porque esse caminho foi o último realizado por ela, antes
de falecer, em 2009. Na ocasião, procurava um meio de descer para a baixada
santista de uma forma que não precisasse correr risco de vida e que não fosse
ilegal.
O
caminho passa pela Ilha do Bororé através de duas balsas e segue pela Estrada
de Manutenção da Rodovia dos Imigrantes. “Para andar no trecho é preciso pedir
autorização. São 18 km só de descida no asfalto. É preciso tomar muito cuidado,
pois o trecho é íngreme e estreito. Se você não tomar cuidado pode se
machucar”, alerta o cicloturista João Valdir Botezelli.
Após
percorrer 30 km ciclistas chegam até a Fazenda Araras - Créditos: Horácio
Busolin Júnior
|
Pedal seguro
Em
viagens longas, monitores acompanham os ciclistas mantendo-os agrupados para
que não se percam. “Nunca deixamos ninguém sozinho, e sugerimos que os
ciclistas pedalem em grupo em trio ou pelo menos em dupla. Os monitores se
dividem e ficam sempre no começo, no meio e no final do grupo”, ressalta João
Luis.
Além
disso, um carro com carreta para carregar aproximadamente 15 bicicletas
acompanha os ciclistas durante todo o percurso. Integrantes do grupo também
fizeram curso de primeiros socorros para agir da forma correta em eventuais
emergências.
“É
preciso aprender técnicas para descer ladeiras acidentadas, e para descer
correndo é preciso passar por treinamento. Numa das viagens uma menina soltou o
freio e de repente brecou. Caiu e quebrou a cravícula”, alertou Valderlene
Longo Mendes.
No
regimento interno do grupo “Café com Pedal” são solicitados os equipamentos
necessários para participar das viagens, além da mensalidade que é paga caso o
ciclista queira ser sócio do grupo. O dinheiro arrecadado serve para investir
na própria estrutura do grupo como compra de equipamentos e despesas gerais.
Para
participar das viagens, basta o que ciclista possua uma bicicleta que
corresponda às necessidades da mountain bike. Além disso, é obrigatório o uso
de itens como uniforme especial para ciclistas, óculos de proteção, capacete,
farol em caso de trajetos noturnos, luva e mochila de hidratação.
Quanto custa pedalar?
Pedalar
com conforto e segurança para subir ladeiras e viajar a longas distâncias exige
que o cicloturista invista em uma bicicleta que atenda as necessidades da mountain
bike. O mínimo de marchas exigido para a prática é 21. Já o máximo pode chegar
a 27 marchas.
“O
ciclista iniciante pode começar a pedalar com bikes que custam em média de
R$1.500,00 a R$2.000,00. Para àqueles que exigem melhor desempenho na
velocidade, são recomendadas bikes feitas com material bem leve como fibra de
carbono. Nesse caso, o ciclista pode gastar entre R$10.000,00 até R$40.000,00”,
aponta João Luis Mendes.
Há aqueles ciclistas que preferem
montar bikes personalizadas e neste caso costumam comprar as peças em separado.
A tecnologia na produção das mountain bikes, atualmente, está aperfeiçoada e
tem quadros feitos de cromo, fibra de carbono, alumínio, titânio, que são bem
resistentes.
Além do desempenho do equipamento, é
essencial que o ciclista possa pedalar com conforto de forma harmoniosa entre o
corpo e a bike. Para isso, pesquisadores desenvolveram uma técnica chamada de
Bike Fit, que utiliza-se da ciência da Biomecânica para ajustar a bicicleta ao
seu corpo.
“Com
o Bike Fit você faz uma avaliação física para saber o tamanho dos seus membros
como braços e pernas em relação a bicicleta. Após isso, o especialista vai
indicar qual o melhor equipamento a ser utilizado para que você não sinta
dores, cansaço ou lesões. Algum dos ajustes corretos na altura do banco,
tamanho do guidão fazem muito diferença quando se pedalam de 30 a 60 km”,
finaliza João Luis.
Já
as cicloviagens, segundo pesquisa do Clube do Cicloturismo no Brasil, chegam a
custar por dia em média de R$ 30 a R$ 50 por pessoa. Viagens oferecidas pelo
grupo Café com Pedal como para Águas de Lindóia, custaram R$50 para não sócios
e R$35 para sócios. Já no percurso de Águas da Prata para Andradas, os
ciclistas não sócios pagaram R$ 60 e os sócios R$45.
Cicloviagens
para locais mais distantes como o passeio ciclístico da
Rota Márcia Prado saíram por R$60 para sócios do grupo e R$75 para não sócios.
Antes
de viajar é necessário que o ciclista verifique a mecânica da bicicleta -
Créditos: Horácio Busolin Júnior
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De olho na mecânica antes de viajar
- Calibrar os pneus
- Levar a bicicleta para a manutenção em um técnico de quatro e quatro meses;
- Ajustar a caixa de direção
- Verificar câmbio e regular as pastilhas de freio e cabos
- Fazer revisão na suspensão a cada 15 dias
- Levar sempre uma câmara de ar e bomba nas viagens
- Se possível levar um pneu reserva e chaves adequadas para sua bicicleta
- Lubrificar os cubos das rodas, as coroas, catracas, correntes e os pedais
- Verificar se o guidão está fixado junto ao quadro e não está com folga na caixa de direção
Kit sobrevivência
·
Barras de cereal (não é aconselhável
comer muito durante os passeios)
· Garrafa de água ou mochilas de
hidratação (o ideal é não tomar água em excesso. É recomendada apenas a
hidratação equilibrada)
·
Quite de primeiros socorros
Equipamentos necessários
- Bicicleta de mountain bike própria para trilhas
- Capacete
- Luvas
- Camiseta e calção de ciclistas feitos com tecido sintético (camisetas de ciclistas possuem bolso atrás, o que facilita o transporte de objetos com fácil acesso)
- Óculos
- Mochila de hidratação (mochilas com um recipiente de água no interior e geralmente utilizadas em corridas de aventura e mountain bike)
Circuito percorrido pelos cicloturistas inclui o passeio em fazendas históricas - Créditos: Horácio Busolin Júnior |
Principais rotas de cicloturismo na
região
Araras
Rota Araras – Antiga Estação Elhiu Root
– Fazenda Araras/Matão – 50 km
Pedal Noturno
Rota Araras – Analândia – 140 km
Rota Araras – Cascata – 70 km
Usina São João – Limeira – Araras - 53,1
km
Rio Claro
·
Rio Claro – Analândia – 54 km
Americana
·
Americana – Santa Bárbara do Oeste –
Pedal Integração – 50km
Águas da Prata
·
Rota Águas da Prata – Andradas – 35km
Águas de Lindóia
·
Rota Águas de Lindóia – Monte Sião – 35
km
São Paulo
São Paulo – Santos – Rota Márcia Prado –
18 km de descida no asfalto
Tambaú
·
Tambaú – Aparecida - Rota Caminho da Fé
– 400 km
Grupos e clubes de
cicloturistas na região
·
Café com Pedal – Araras
·
Equipe Pé de vela – Araras
·
Americana Bike Clube - Americana
·
Limeira Bike Clube
·
Loucos por Terra – Rio Claro e Leme
·
Campinas Bike Clube – Campinas
·
Equipe Ximano – Conchal
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